Concreta que uma vez abraçou,
Percorrendo seu minúsculo corpo
De pedra,
Um novo mundo e melhor
Exemplo.
O sol enchendo de cores
O mundo inteiro, feito milhares
De horas do dia e tudo que possa
E tudo na mesma e tome cuidado
Com suas escolhas cheias de queixas
Fingindo que é semente lançada
Na terra,
Mostrando os pés cristalinos
Por entre os espinhos só suportáveis
Por quem poderia ter florescido
Humano e, porém, abriu-se sem calma
Diante da vida:
E sendo afundada
Em seus pensamentos a inegável
Virtude (em ser fecundo por dentro),
Espesso pretende ser defendido
Da vida — e da morte ser desterrado —
E por tudo o que há, ainda procura
Supor que não seja à mínima terra.
É dado saber seguir seu caminho
Na vida que inventa sem que a desfrute:
Dez frutos ao sol trajando farrapos,
Visando um preparo doce da vida
(Eterna) e o homem frágil, quebrado
Por mais que não creia ser traduzido
No caso pior, nem isso não diga
Adeus ou lhe dê qualquer garantia
De ser encontrado após tantos mundos,
Honesto é não ter mais vago o contorno
Da própria lembrança morna de um corpo
Alegre e sorrir enchendo de dentes
O ar.
Genuíno está agarrado
Às pedras e ali,
Por força tropeça
Afoito, merece a vida e transborda
Sementes em seu jardim amoroso.
De cada semente que mal conhece
Apenas o grão — que vê; reconhece
Ao sol — que não vê,
Mas ousa sonhá-lo.
É dentro de si que a vida se torna
Verdade e a memória aos poucos, difícil —
Difícil proposta dado momento,
Que exposta aos sentidos, traz (a) esperança
(Às vezes vingança) e causa um dilúvio
E chega às plantas muito solene
Num dia de chuva como um naufrágio,
Perfeita estratégia feita de pedras,
Ninguém oferece a própria mão feito
Canalha
Sorrindo, as sombras melhores
Dos risos dos homens bons, agonia
Aspérrima, é uma apólice antiga,
Promete direito à terra, direito
A tudo, pequeno ou grande, que tenta
Nascer.
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