Enxerguei a Colombina
Em trajes preto e amarelo,
Com certo olhar de grã-fina,
Mas de um sorriso tão belo
Que a sua aura ilumina
Este Arlequim sonhador,
Prende-se a minha retina
E à alma, plena de amor.
Nós dançamos. Por rotina,
Dançou ela. Em paralelo
Eu namorava a menina
Com a paixão que revelo
Ter pensado até ser sina,
Pois seu olhar sedutor
Misturou-se à serpentina
E incendiou-me de amor.
Sem a máscara malina
Vi a flor, cujo labelo
Em lábios se descortina
Como os de um anjo singelo,
Dando o nome, Carolina,
Feita uma mulher em flor
Ou flor humana e divina
Qual ramalhete de amor.
Carolina, por favor,
No carnaval és a amada,
Sê amante! A rigor,
Tu és a minha alvorada!
São teus, meus raios de amor!
Autor: Laerte Tavares
Pág.http://silolirico.blogspot.com/
|