O ciúme é uma praga. É um mal. É um vulcão que entra em erupção de surpresa. É descontrolado e insensível. É uma doença degenerativa que destrói qualquer bom sentimento. Ele é uma chaga infernal que tem voz insistente em nossos ouvidos, e que provoca até miragens diante dos nossos olhos. Quando esse vulcão entra em atividade, ele destrói a nossa estabilidade emocional. Ele nos faz ver coisas que não existem. Ele nos sugestiona acontecimentos falsos e fantasiosos, e elabora estratégias para nos fazer acreditar que estamos sendo traídos.

A desestruturação no equilíbrio dos nossos sentimentos é a primeira coisa que o ciúme provoca em nós. Ele vai agindo lenta ou rapidamente, até nos levar a um inferno de atitudes insensatas e fora da nossa razão.

O ciúme cerra as portas do nosso coração e nos cega completamente os olhos. Ele nos mergulha em um pântano de pensamentos negativos, e enche os nossos ouvidos de sugestões destrutivas.

Não é preciso muito combustível para acordar o vulcão do ciúme em nós, basta apenas uma pequena faísca para que ele nos deixe completamente incendiados de uma ira fumegante.

O ciúme não é um mal que acomete apenas os casais, ele também prejudica outros tipos de relacionamentos como, na amizade, na família entre os irmãos, na escola entre colegas, e no trabalho. Há quem sinta ciúmes até de um elogio que seu chefe faz para um colega de trabalho. Essa praga infernal do ciúme está presente na vida de todo ser humano.

Não existe remédio que evite a doença do ciúme. Também não há previsão de quando ele vai chegar com sua força maligna destruindo a nossa estabilidade emocional. Por mais que sejamos vigilantes, vai ter uma hora em que ele nos pegará pelos nossos pontos mais fracos.

O que podemos fazer para evitar que o ciúme incendeie a nossa vida, é fugir do ambiente visual infectado e provocativo. É praticar a meditação antes de tomar qualquer atitude. Mas claro que isso é algo que pode ou não dar certo. Na maioria das vezes o ciúme invade todas as vias do nosso cérebro e não conseguimos pensar em mais nada que não seja o ataque, o revide.

Hora ou outra pode acontecer de não conseguirmos controlar as nossas ações por causa do ciúme, e estourando de repente, fumegando como vulcão em chamas, vamos sair por aí machucando as pessoas que são as vítimas do nosso ciúme. Fazemos coisas insensatas, insanas, e sem sentido. Coisas que muitas vezes, são totalmente fora da verdade e da realidade. Coisas que fazemos para ferir o outro, e assim, nos sentirmos vingados pelas ofensas que o ciúme nos fez acreditar que o outro fez para nós.

Desde que o mundo é mundo, a praga do ciúme afeta a nossa vida, e por mais que sejamos pessoas controladas, às vezes nós fraquejamos e sofremos o resultado de seus males.

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