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Multiverso Executivo
A teoria do multiverso, fruto da mecânica quântica tem como base, princípios concernentes à ideia de universos paralelos. O que aparentava ser uma teoria improvável, estava prestes a se manifestar diante de um brilhante físico: Gustavo Martins. Constituinte de um grupo de cientistas, situados no centro de São Paulo, contratados para elaborarem um projeto eficaz, visando a construção de uma máquina de translocação, apta para enviar um ser a outro local, neste caso, a outra cidade (como estágio incipiente).
Faltando poucos minutos para a primeira experiência, dispondo de um coelho como cobaia. Gustavo fora aprontar o animal no assento da máquina, e por efeito de um sinal de prontidão, seus companheiros iniciam a contagem. Ao se movimentar em direção à saída da sala restrita, o físico acidentalmente prende seu relógio na cinta, e a incessantes ações de se libertar, se dá conta de que não haverá tempo suficiente. Sentindo uma perturbação – uma mão que balançava seu ombro- decide abrir os olhos, ao exercê-lo compreende que não se encontra mais no centro de pesquisas, e sim em uma calçada, avistando carros sofisticados, pessoas dotadas de vestimentas suntuosas e como aquela atmosfera parecia fluir organizadamente.
Ao levantar se depara com um homem que, misteriosamente, lhe parecia bastante familiar, pergunta o sobre sua localização, ele responde: “estamos no planeta terra”. De forma inusitada, Gustavo é questionado a respeito de seu universo de origem, responde surpreso: “Universo?” “Sim, presumo que não seja deste, e, neste momento, que tampouco saiba sobre a existência de realidades paralelas. Está agora em um planeta acentuadamente desenvolvido quando constratado ao seu, ou seja, uma realidade caótica.” Explica o sujeito.
“Acentuadamente desenvolvido? devo assumir que os seres humanos tiveram um ganho genético que os tornaram mais inteligentes, e por que sou proveniente de uma realidade caótica? Volta a inquirir Gustavo. “Assim como todos os seres humanos desta realidade, tenho conhecimento de vários mundos, posso observar como a sua realidade procede com anomia. A nossa origem é a mesma, porém, com o decorrer da história aprendemos a lidar com opiniões destoantes, a como eleger nossos representantes conscientemente, isento de inclinações intrínsecas, e a criação de uma única e clara constituição, depreendida e acatada por todos. Deve se preocupar agora com o fato de como regressar a ele, posso te auxiliar, estou a caminho de um local que abriga um aparelho de translocação.” Pontifica o sujeito.
Ambos entram no carro, em meio a trajetória, Gustavo estava a analisar aspectos interessantes vistos no tráfego de carros, a educação das pessoas ao pararem em faixas para pedestres. Naturalmente observa um jornal dentro do carro, conclui que não há notícias fúnebres, e que versam sobre crimes. Quando o celular do sujeito começa a tocar, ele educadamente pede que esse seja desligado e posto no porta-luvas. Ao parar o carro a fim de comprar uma bebida para saciar a sede do físico, o sujeito gentilmente vai ao mercado comprar uma bebida, volta e a entrega para o carecido de líquido. Habituado a situações homogêneas, Gustavo, educadamente oferece a bebida ao estarem em trânsito, porém é recusado firmemente. Chegando ao local, Gustavo percebe a semelhança, lembra se repentinamente do lugar em que trabalha.
Avistam a máquina e com um tom de despedida o indivíduo diz: “Espero ter respondido suas dúvidas, e antes de partir quero lhe facultar dois elementos imateriais que podem ser a chave para solucionar os variados obstáculos sociais concebidos como costumeiros em sua realidade, que partem, majoritariamente, da infração de leis, a ética e a moral. A propósito, caso gostaria de saber quem eu sou, meu nome é Gustavo Martins.”
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