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Resumo: surrealismo |
Anua
Madrugada calada
céu verde azul lilás
Porto esguio
maçã posta à soleira
Aglomera andorinha
calda caule tulipa
Abacaxi áspero vento
goiaba no rosa mistura
água pura estupor
Micróbio estuporado porão
será assombração
nuzinho deitado ao chão
No mato perdi sentido
calado imune sentado
Coqueiro azul
terra capim
cana fervente
Serra da brota
língua renova
Buritizeiro suado num cuspi
Anua
não sei o que é anua
gostei de anua
Pelassem tua hora maltrapilha
Jangada oh frio
dentro iam eles no vazio
Vácuo no tugúrio
brecha da rocha cinza
Caluje divisa Tocantins
Oca lamuria de mulher
boceja bonita butiá
Potreiro olho azoinado
rota Sevilha mira mar
O peito toldo solidão
malevolente sufoca
a raposa cambota
mastiga grilos epiléticos
selva boreal esconde teu
néctar na trincheira
Arraza raiz na terra preta
finca seguro o mistério
andar nessa estrada hoje
nesse lindo dia
Ass, Biosas
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