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Texto selecionado
A Guerra de Troia |
Luiz Alfredo Nunes de Melo |
As vísceras do Cavalo de Troia
Também me feriram
Deixando seus efeitos colaterais
Nas minhas artérias
Com seus poemas quase letais
O rapto de Helena
Levou-me a guerra além-mar
Onde fui atingido por setas incendiadas
Por loucas paixões
Dardos repletos de ciúmes carícias
Malicias estultícias
E traições
Batalhas de músculos tatuados
Por lembranças apaixonadas
Lanças que voavam como pássaros
Envenenados
Cortes profundos
Coração de olhos fechados
Exangues
Versos despedaçados por amar
Uma flecha no calcanhar
Na volta ainda naufraguei num mar
Revoltado irado
Os deuses também se sentiram traídos
Escapei dos cantos das sereias
De ouvidos tampados
Por mãos tremulas para não ser
Devorado
Por caninos amolados nos corais
E nas estrelas
O feitiço de Circe
Também me atingiu
Ruminei diante de sua beleza
Traiçoeira
Mas construí alguns versos
Que confundiram a feiticeira
E ajudei preparar o vinho
Que embriagou cegamente
O Cicloides
O rapto de helena
Com seus lindos olhos maquiados
De paixão
E longas melenas de um milharal
Encantado
Colorido pelo vento
Que embala os trigais
Sorriso doce como mel
Seus seios dois cálices de vinhos
Embriagados
Beijos tragados de volúpias
E poesias
Suas roupas transparentes
Seus adornos suas jóias
Também me levaram para a guerra
De Troia
O amor nos leva a terra distante
A plaga longínqua
Um presente de grego
Também me feriu
E destruiu a cidade com sua muralha
Quase intransponível
Arqueiros vorazes
Oh! Troia?!
Que uma linda mulher
E um cavalo de madeira
Deixaram tudo em ruínas
Transformaram-na em lendas
Poemas mitológicos.
Luiz Alfredo - poeta
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Biografia: Autobiografia de um poeta
Fortaleza - Ce., Nordeste - Ceará, Brazil
Sou manauara de nascimento e vivi uma parte da minha existência nesta cidade maravilhosa, atraente, poética e de grandes rios contraditórios: negro e Solimões.
Sou portovelhense/calamense de destino e paixão infinita, foi nessa cidade e nesta vila que eu conheci a vida e perdi minha alma de tanto amar, mergulhar nos igarapés e no rio madeira.
Aqui que eu me tornei um poeta e um guerreiro incaico, aqui eu conheci a natureza, a estrada de ferro madeira-mamoré - efmm e conheci a pérola do Mamoré: Guajará-Mirim.
Hoje vivo na cidade de Fortaleza, por questões poéticas, acadêmica esperando um dia voltar, ou viajar; para outros mundos inconcebíveis. Sou filósofo acadêmico e poeta por vocação, paixão e amor. Mordido pela mosca azul tronei-me amante desta arte, arte pela qual estudo e escrevo. Trabalho, luto e dedico a minha existência. Sou claro, um humilde poeta diante desta grande arte. Arte de tecer e esculpir palavras.
Tenho vários nomes poéticos e personalidades. Uso aqui o LUIEFMM. Meu doce preferido é de carambola, meu animal de estimação é um camaleão, meu poeta é o Francisco Carvalho, meu livro é o Lobo da Estepe, meu filósofo Espinosa, minha cidade é Porto Velho, minha música o canto do peito roxo, meu filme o Naufrago. Meu instrumento e amigo um violão. Tenho uma mulher à artista plástica Rosangela Melo, minha filha a psicóloga Janaina Farias de Melo e minha cachorrinha Filomena, A Loló. |
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Publicações de número 1 até 10 de um total de 11.
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