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Jesus Entregue a Pilatos - João 18
Silvio Dutra

“28 Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.
29 Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?
30 Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
31 Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.
32 (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer).
33 Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?
34 Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?
35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
39 Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
40 Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador.” (João 18.28-40)

Aqueles líderes hipócritas de Israel não matariam Jesus por apedrejamento tal como fariam depois com Estevão, e com muitos outros cristãos, porque no caso de Jesus eles queriam dar uma satisfação aos romanos e lhes agradarem pelo temor de serem acusados de estarem tolerando insurreições em seu território.
Nós lembramos que Caifás havia dado a “grande idéia” de que importava que alguém morresse por toda a nação, em vez da nação ser destruída por causa de uma só pessoa.
Eles conduziriam Jesus aos romanos, ao representante deles (procônsul), responsável pela região da Judéia, que naquela ocasião era Pôncio Pilatos.
Como era dia da Páscoa, os judeus não queriam se contaminar entrando na casa de gentios, ainda que fosse o pretório deles (audiência), de maneira que não poderiam participar da ceia pascal.
Eles tinham escrúpulos religiosos suficientes para não se contaminarem cerimonialmente, mas não o suficiente para não se contaminarem com injustiças e assassinatos, agravado pelo fato de estarem conduzindo a uma sentença de morte Alguém que sequer tinha qualquer pecado. Eles sentenciariam à morte o próprio Deus.     
Mas importava que tudo aquilo ocorresse, porque Jesus teria que morrer ao modo da condenação dos romanos, que era naquele tempo por crucificação.
A morte de cruz era o tipo de morte mais infame, e assim os judeus desejavam marcar o Senhor com a morte mais infame possível, para dissuadir pela intimidação a todos que tentassem segui-lO, confessando-O como Messias.
Eles não somente excluiriam tais pessoas das sinagogas como também poderiam recorrer aos romanos para que fossem crucificados debaixo da falsa acusação de que estavam se insurgindo contra o imperador romano, afirmando que serviam somente a outro rei chamado Cristo.
Jesus havia ensinado o respeito e submissão às autoridades constituídas, e que se deveria dar a César o que é de César, mas também a Deus o que é de Deus; de maneira que o culto de verdadeira adoração a Deus não pode ser impedido por César, porque isto não está na esfera de deliberação de nenhum poder constituído terreno, porque, na verdade deveriam promover e defender a verdadeira devoção ao Senhor, porque afinal as autoridades foram instituídas por Ele para garantir a ordem civil.
Jesus nunca foi amaldiçoado pelo Pai, mas todos os demais homens estão debaixo de maldição por causa do pecado original.
Ao ser elevado no madeiro Jesus seria feito maldição de Deus, conforme está escrito na Lei.
Ele não tinha pecado, e assim a maldição que foi colocada sobre Ele foi a nossa própria maldição, para que fosse removida na Sua morte, de maneira que estando identificados na Sua morte, morremos para a maldição que foi proferida sobre nós desde o Éden.      
Pilatos interrogou Jesus lhe perguntando se Ele era o Rei dos judeus.
E nosso Senhor deu a Pilatos a oportunidade de ponderar a procedência daquela pergunta que lhe fizera quanto à legalidade de estar sendo julgado por ele, porque os romanos não se intrometiam nas questões religiosas das nações dominadas por eles, desde que estas religiões fossem consideradas lícitas, como era o caso do judaísmo, baseado na Lei de Moisés, Lei esta da qual Jesus era o autor e a qual cumpriu integralmente, e sobre a qual afirmou que não veio revogá-la.
Então, não seria da esfera da competência de Pilatos julgar um caso religioso, porque o Sinédrio tinha autoridade inclusive para prender e matar judeus que agissem contra a religião de Israel, conforme prescrito na Lei de Moisés, até mesmo fora dos termos da nação deles, o que se comprova pelo fato de Paulo ter saído em perseguição aos cristãos fora dos termos de Israel, antes da sua conversão, com autorização do Sinédrio.    
Jesus lhe perguntou se afirmara que Ele era o Rei dos judeus, de si mesmo ou por ter sido insuflado por outros.
Ele sabia que Pilatos afirmaria que não era judeu e que não foram os soldados romanos que lhe haviam prendido.
Então ele estava respondendo indiretamente que não lhe cabia de fato julgar um assunto de interesse exclusivo dos judeus, conforme ele próprio havia afirmado em princípio, quando o trouxeram à sua presença (v. 31).
A culpa de Pilatos foi mais agravada ainda, quando Jesus lhe disse que era de fato rei, e que para estabelecer o Seu reinado havia vindo a este mundo.
No entanto, o Seu reino não era deste mundo, o que se comprovava porque nenhum dos Seus seguidores estava lutando naquela hora para fazer valer o seu direito de reinar.
Ele era rei de um reino espiritual nos corações, e não terreno, e que não tinha qualquer influência nos interesses do Império Romano.          
Jesus havia dito também a Pilatos que os súditos do Seu reino são aqueles que são da verdade, os quais ouvem a Sua voz, porque Ele veio a este mundo para dar testemunho da verdade. Deste modo, nem Ele, nem os seus súditos são empecilho para qualquer governo deste mundo, senão bênção.
Pilatos perguntou ao Senhor ironicamente o que era a verdade, mas Jesus nada lhe respondeu, porque lhe havia dito que somente os que são da verdade ouvem a Sua voz, o que certamente não era o caso de Pilatos.   
Assim o veredito de Pilatos não poderia ser outro senão reconhecer que não havia nenhuma culpa em Jesus que o tornasse digno de morte.
Mas ele não queria contrariar as autoridades judaicas, porque é comum que autoridades injustas troquem favores mutuamente ainda que à custa da vida de inocentes.
Ele também temia que os judeus lhe acusassem diante de César de que não estava sendo zeloso dos interesses do Império, por tolerar que alguém afirmasse ser rei em competição com o imperador romano.
Quando se tenta ajustar interesse político incorreto com a verdade, dificilmente será possível conciliar a ambos, e geralmente, a verdade padecerá, conforme ocorreria com Jesus.
Tudo o que se relacionasse à Sua morte seguiria a trilha da injustiça para que Ele pudesse ser feito justiça por nós.
Sendo inocente seria condenado injustamente, de maneira que pudesse remover a culpa daqueles que deveriam ser condenados justamente por Deus.
Assim a substituição foi feita deste modo: Ele era justo e foi condenado injustamente.
Nós éramos injustos e fomos livrados da condenação justamente.
De maneira que a condenação que estava reservada para nós foi colocada sobre Ele para que houvesse um motivo justo para a Sua condenação, uma vez que Ele não tinha qualquer pecado.
A prova desta troca foi declarada de maneira inequívoca na troca também injusta que os judeus também fizeram optando por Barrabás, que era salteador, em vez do Senhor, que é perfeitamente santo e justo.
Ele tomou o lugar que seria justo ser ocupado por Barrabás e não por Ele.
Assim, é deste modo que todos os pecadores são salvos, a saber, tomando Jesus o lugar deles, para que eles possam estar no lugar de Cristo.
Se eles eram culpados, então Cristo se fez culpado no lugar deles.
Se Cristo está em glória diante de Deus, então eles também estarão em glória diante de Deus.          



Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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