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E Aquele Homem Barbudo
De feições angelicais
Diziam ter dom divino
E de advinhar ser capaz
Em meio à multidão
Disseram-lhe certa vez
Ó Senhor, dai-me a certeza
Que sendo bom eu terei
Um lugar à tua mesa
E Aquele Homem, tão firme
Sabiamente interrogou
Se és bom, não queres prêmio
E nem condições impôr
Com quem preferes sentar-te?
Comigo ou com meu Senhor
Outro grupo aproximou-se
Com malícia indagou
Quem achas ter mais valor?
Eu, que te servirei iguarias
Ou quem do teu pão partilhou
E Aquele Homem Sereno
Olhos fixos no inquiridor
Disse então simplesmente
Sem magoar ou impor
Tuas iguarias, não me tentam
Mas do meu pão podes dispor
Aproximou-se alguém
Que perguntou com ironia
Responde sem hesitar
O que mais tu aprecias?
A perfeição e a beleza
A coragem ou a fidalguia
E Aquele Homem Sábio
De rosto meigo e suave
Respondeu sem hesitar
A Perfeição e a Beleza, vê-se, não se anuncia
A Coragem, é a Fé, dispenso a Fidalguia
E alguém a soluçar
Jogou-se aos seus pés em dor
Dize-me Senhor, por favor
Pode-se morrer de amor?
E ele, Aquele Homem
Fitando-a com fervor
Respondeu-lhe firmemente
Não, não se morre de amor
Porque o amor Ressuscita
Dá Vida, Luz e Calor
Quem ama, constrói e vive
Por amor ao seu amor
E depois tranquilamente
Caminhou entre os presentes
Foi andando e seguindo
Deixando atrás toda gente
Quando alguém perguntou
Quem é Este Homem Envolvente
De barba e olhos azúis
Responderam então mais à frente
Dizem que seu nome é JESUS
Autor: Szamira
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Biografia: Sou escritora, escrevo desde os 12 anos e continuo escrevendo até hoje com 65 anos, poesias, sonetos, poemas, indrisos, rondeis, trovas, contos e romances. Sou Budista, sou muito alegre e adoro fazer amizades. Uso o pseudônimo Szamira. |