Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
FINGIMENTO
Moacyr Medeiros Alves

De tristeza em tristeza, de desgosto em desgosto,
Esta vida dura e cruel tem-me posto à prova
E a mim, triste poeta, só me resta a trova
Pra externar a desilusão que não estampo no rosto

Qual palhaço de circo que necessita agradar,
Tudo faço pra não parecer triste.
E finjo ver beleza onde não existe,
Forcejando para meu imo não desvendar.

Por que esta existência embusteira
Exige sempre que eu minta?
E não caia nunca na asneira
De pôr pra fora o que sinta?
      
                            
Finjo, então, ser bom e honesto
(Mesmo sabendo que não presto;
Finjo gostar, finjo aceitar.
Passo a vida a fingir e enganar.

Finjo pra continuar vivendo.
Finjo, a imitar meu semelhante
Que finge a toda hora, a todo instante
E vive gostosamente fingindo!






Biografia:
- Moacyr Medeiros Alves, o Moa, como gosta de ser chamado, nasceu em Agudos (SP) em 08/03/1936, já órfão de pai -- seu pai faleceu 6 meses antes de seu nascimento. Sua mãe, viúva com 5 filhos, mudou-se em princípios de 1.940 para a capital do estado, indo morar em habitações coletivas, os chamados cortiços, no bairro do "Bixiga", onde ele passou a infância. Em dezembro de 1.950 o Moa, que já trabalhava desde os 9 anos de idade, ingressou como "office-boy" na organização Philips, empresa holandesa do ramo eletrônico. Trabalhando de dia e estudando de noite, conseguiu, com sacrifício, concluir o curso técnico de contabilidade. Em 1.959, aprovado em concurso público, entrou para o quadro de escriturários do Banco do Brasil onde trabalhou até 1.982, aposentando-se como gerente-adjunto da agência de Itararé (SP). Grande apreciador do cancioneiro popular brasileiro, do período que abrange a denominada "Época de Ouro" de nossa música, tem em sua discoteca, entre LPs e CDs, obras de quase todos os cantores e instrumentistas do tempo em que -- como dizia o radialista Rubens de Moraes Saremento -- "as fábricas de pandeiro davam lucro". Além de escrever "abobrinhas", como ele próprio define seus escritos, o Moa tem ainda como "hobby" a leitura e a fotografia.
Número de vezes que este texto foi lido: 52803


Outros títulos do mesmo autor

Humor BRINQUINHO Moacyr Medeiros Alves
Contos PORTA-VOZ Moacyr Medeiros Alves
Contos DOM CRESCÊNCIO, O DESMANCHA-PRAZERES Moacyr Medeiros Alves
Contos A VECCHIAIA È BRUTTA Moacyr Medeiros Alves
Contos O GUARDAMENTO Moacyr Medeiros Alves
Poesias D E Í S T A Moacyr Medeiros Alves
Frases POETAS E SONHADORES Moacyr Medeiros Alves
Frases POLÍTICA BRASILEIRA Moacyr Medeiros Alves
Contos A CARTEIRA Moacyr Medeiros Alves
Crônicas MANÉ FACÃO Moacyr Medeiros Alves

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 32.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 69012 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57919 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56760 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55835 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55110 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55058 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54938 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54887 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54813 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54804 Visitas

Páginas: Próxima Última