Mais uma provável morte por overdose de medicamentos parece despontar no mundo do entretenimento norte-americano. Desta vez, a vítima foi o filho mais velho de Sylvester Stallone, Sage. Encontrado morto em seu quarto na última sexta-feira (13), o diretor de cinema parecia ter todo um comportamento condizente com a glamourização do vício em álcool, cigarro, medicamentos e outras drogas. Amigos e vizinhos dizem que estão chocados com a morte, mas não surpresos.
Até aí, nenhuma novidade no cenário: Marylin Monroe, Jimi Hendrix, Dorothy Dandridge, Bruce Lee, Elvis, Margaux Hemingway, Anna Nicole Smith, Heath Ledger, Brittany Murphy e uma infinidade de outras personalidades famosas contribuiram e continuam contribuindo para que a trágica morte causada por excessos seja sinônimo de glamour.
Não questiono o talento (ou a falta dele) no que se refere a esses famosos. Muitos, é verdade, foram brilhantes artisticamente. Porém, é importante questionar a padronização de comportamentos auto-destrutivos como uma espécie de símbolo da diferença dessas pessoas em relação ao cidadão comum. O artista precisa ser um louco, alguém com pouco respeito pela própria vida? Um excesso ambulante? E, principalmente, é necessário tanto destaque midiático nesse sentido, levando pessoas a pensar que é necessário maltratar-se para celebrizar-se?!
O talento não acompanha necessariamente tamanha falta de amor-próprio, tamanha loucura. A depressão que leva um indivíduo a buscar refúgio nas drogas, no álcool ou em qualquer tipo de entorpecimento dos sentidos deve ser TRATADA, e não virar manchete após uma morte anunciada. Se há algo que precisa morrer é esse jornalismo de celebridades abutre, sempre à espera do próximo grande nome a definhar sob o signo do “pobre menino rico”.
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