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ROCK NÃO SE APRENDE NEM SE ENSINA!!!
ELISA TABORDA/ andremansur.com

“Rock ‘n’ Roll não se aprende nem se ensina.” RAUL SEIXAS

São tempos de sertanejos universitários, pagodes e Restarts invadindo a mídia por todos os lados. Tempos de camisa xadrez e bota de couro, músicas de amor não correspondido, mãozinhas para o alto e muitas, muitas cores. No meio dessa festa, o rock assemelha-se a um grisalho Chuck Norris que, em lugar de abrir uma mocha e socar todo mundo no meio musical, prefere continuar tomando sua cerveja no balcão do pub. Não se importa, não se afeta, não se atinge. Sabe que é motherfucker e pronto. Ri da baderna, da falta de ordem, do caos. O Rock não está nem aí, bebê!
Desde seu nascimento deu voz a protestos sociais, a classes menos favorecidas, ao grito e à sublevação. Alguns remontam sua origem aos chorosos sons escravos vindos de fazendas norte-americanas. Daí Jazz, daí Blues, daí Blues e Country… fizeram história os maltrapilhos novaiorquinos nos anos 70 e os punks em Londres (os engomadinhos também). Dividiram-se em inúmeras vertentes, criaram e recriaram música, incontroláveis e avessos aos rótulos. Choramingaram em banquinhos de acústico MTV, balançaram a juba com seus gritos guturais. Ainda que não seja possível traçar com precisão sua árvore genealógica, o Rock é sempre uma voz rebelde que precisa dizer algo.
No Brasil, chegou como expressão da voz estrangeira, trazido pela elite viajada. O nacionalismo e o “como você pode gostar se não entende a letra?” ainda são barreiras para muita gente que escolheu não admirar a poesia sem palavras. Roqueiros xiitas seguem arrotando seu direito de definir o que é rock e o que não é, esquecendo-se da ruptura com as significações rígidas e gagás que o Rock representa. O Rock é pra quem quiser dizer algo com uns acordes de guitarra.
Não sei se o Rock quis mudar o mundo… mas ele com certeza mudou. Os dinossauros abriram portas e quebraram paradigmas, tornando possível inclusive uma mídia como a de hoje, que aceita de tudo. De alguma forma, é seguindo uma certa “rebeldia roqueira” que hoje em dia tanta gente se sente no direito de fazer barulho e chamar de música. É, dinossauros… por essa ninguém esperava.


Este texto é administrado por: ANDRE MANSUR BRANDAO
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