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Confesso que estou morrendo de saudade
Rafaela Medeiros

Vou-lhe confessar aqui, neste breve instante, que ontem eu gritei, ou melhor, berrei aos quatro cantos, só para que todos soubessem que eu estava morrendo de saudade. Queria que todos ouvissem o motivo ao qual eu logo virei a óbito. Sofro desta doença tão comum, a saudade, mas meu caso é grave, está num estágio avançado e sinto que não há mais cura.

O que aconteceu foi que certa vez resolvi experimentar uma droga, bem antiga e conhecida por muitos, o amor. Viciei-me no primeiro milésimo de segundo, e quando dei por mim não conseguia mais viver sem, queria amor o tempo todo e fazia qualquer coisa para tê-lo, rasguei minhas roupas, vendi minha alma, e no ápice do desespero me prostitui, mas apenas para um homem, o pior de todos, o mais cruel, o único que era capaz de me fornecer essa droga, era uma espécie de traficante.

Eu me lambuzava, entrava em êxtase, jamais havia experimentado sensação como aquela, era mais que um paraíso, algo que tirava meu controle, minha razão, meu ar. Minha fome era de amor, minha sede de mais amor, eu só pensava nisso e naquilo. Mas certo dia o amor acabou, o homem ao qual eu me dei por inteira disse que não havia mais amor para me dar. Perdi o chão, entrei em desespero, e então resolvi procurar amor em outros, mas ninguém tinha o amor que eu queria.

A parti desse dia vivo doente, sofro do mal da saudade, que vem me matando de mansinho, me sufocando devagarzinho, sinto que já não posso mais agüentar. Então, se não me encontrares mais saberás que eu já fui, que não suportei viver sem amor, e a saudade que ele me deixou por fim me matou. Mas acredite, tentei ser forte, mas meu corpo, mente e coração não me pertencem mais, foi entregue a um homem, apenas um, que não soube me dar todo amor que precisava.


Biografia:
Encontrei nas palavras uma forma de me expressar, desabafar. Encontrei no jornalismo o meu lar, onde posso cuidar das minhas palavras. contato: rafaelajornalismo@hotmail.com
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