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A cultura da Carteira Assinada
A cultura da Carteira Assinada
Wellington Balbo

Resumo:
Em termos de oportunidade para o crescimento profissional larga na frente quem observa as situações de forma sistêmica e faz uma leitura do mundo um pouco mais abrangente do que aqueles que analisam as circunstâncias sob a ótica de um raciocínio linear

A cultura da Carteira Assinada

Em termos de oportunidade para o crescimento profissional larga na frente quem observa as situações de forma sistêmica e faz uma leitura do mundo um pouco mais abrangente do que aqueles que analisam as circunstâncias sob a ótica de um raciocínio linear.
A economia de Serviços, por exemplo, é responsável por mais da metade do PIB dos países desenvolvidos, e é ainda pouco explorada em nosso país. São diversas as razões que contribuem para isso, contudo, vamos nos ater apenas àquelas questões que nos interessam com mais urgência, e que, podemos modificar, fazendo com que a economia esquente a partir de nossas próprias iniciativas.
Citarei um fato que me fez refletir mais seriamente em torno da questão de sermos mais criativos para também colaborarmos com o crescimento nosso, de nossa região e, por conseqüência, de nosso país. Na faculdade onde estudei foi realizada pesquisa com os alunos do curso de Administração de Empresas para saber a carreira que eles iriam seguir após a conclusão do curso. E pasmem, caro leitor, mais de 70% dos alunos do curso de Administração de Empresas, responderam que querem prestar concursos e tornarem-se funcionários públicos. Nada contra, porém, se a moda pega, e 70% de nossos futuros administradores resolverem prestar concursos públicos, fatalmente nossa economia entrará em colapso. Isto é até uma questão cultural: a idéia de estabilidade e segurança que os cargos públicos oferecem, ou nem só os cargos públicos, mas também a questão da carteira assinada que as empresas propiciam às pessoas, acabam por se sobrepor à criatividade que exige empreender ou se aventurar no setor de Serviços, onde a necessidade de criação e atualização é imperiosa, exigindo da pessoa uma contínua evolução de suas habilidades. É como vulgarmente se diz: “Pinga mas não falta”. Outro ponto interessante: os universitários brasileiros – obviamente que há exceções -, se preparam e sonham em trabalhar em grandes empresas, esta idéia vem trazendo ao longo dos anos uma escassez de empreendedorismo, e conseqüentemente, o mercado não consegue absorver esse número de pessoas que chegam todos os anos atrás da tão almejada vaga de emprego, o que faz a economia estagnar e o desemprego se manter em altas taxas. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, por exemplo, ocorre uma maior diversidade de situações: o universitário ao se formar, além de se preparar para trabalhar em grandes empresas, também tende a montar seu próprio negócio ,ou ainda, comercializar seus dotes intelectuais, enriquecendo assim o setor de Serviços, e essa preparação faz com que se incentive o empreendedorismo. O resultado não é difícil de prever: em vez de ocupar um posto no já saturado mercado de trabalho, o empreendedor colabora para que se crie mais vagas de emprego, proporcionando à população menos abastada, e que, pelo menos teoricamente, têm menos acesso à informação e ao conhecimento, maiores chances de adentrar o mercado de trabalho. Isso certamente fortalece a economia e quebra o círculo – desemprego – pobreza – violência – que há muito vêm causando intranqüilidade às pessoas.
Em Bauru, temos um clássico exemplo dos benefícios que podem trazer o setor dos Serviços que atualmente faz a economia local e regional girar de forma mais dinâmica
Eis que então um dos caminhos para nosso crescimento pode ser esse: investir no setor de Serviços e também no empreendedorismo dos cidadãos. Criatividade temos de sobra, basta apenas que ousemos quebrar o paradigma de que a Carteira Assinada é o único meio de se obter uma vida digna que é o que merece todo ser humano. Ousadia, pois, se temos idéias e condições de executá-las, vamos tirá-las do papel e procurar transformá-las em caminhos seguros para muitos que por hora não têm a mesma condição que temos, porque é assim que construiremos uma sociedade mais ajustada e com oportunidade de crescimento a todos.

Pensemos nisso.


Biografia:
Wellington Balbo, 36 anos, escritor, 7 livros publicados.
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