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O DIA EM QUE FUI INTIMADO PARA TRABALHAR NA ELEIÇÃO
Não morava mais com os meus pais e fui um dia visitá-los
Durante os bates papos a minha mãe me entregou uma correspondência que tinha chegado para mim.
Vinha com o timbre da República e ao abri-la vi que era uma convocação para trabalhar nas eleições que ocorreriam a dali algumas semanas.
Fiquei com aquela correspondência lá em casa em cima da mesa como se estivesse me olhando e na eterna dúvida “vou ou não vou lá me apresentar”.
Corro ou não corro o risco.
Eu ainda era jovem e quando chegou meio que na véspera do dia determinado o medo falou mais alto e fui lá apresentar-me.
Mostrei a correspondência ao atendente que foi buscar umas planilhas e ao olhar na página determinada disse-me que no meu caso a escala já estava completa.
E como sempre tive uma veia humorística relativamente acentuada falei, meio que automaticamente:
“Mas que peeeena!”
O rapaz fechou a cara e me falou secamente:
Neste caso não se preocupe já vou dar um jeito.
Gelei, e pedindo desculpas procurei dissuadi-lo, mas vi que ele tinha uma veia humorística mais acentuada ainda e, pior, puxando para o sadismo, mas consegui convencê-lo que tinha sido só uma brincadeirinha boba.
Nunca mais visitei a minha mãe em vésperas de eleições, mas mesmo hoje eu sentiria muito mais prazer em lá ir trabalhar se as eleições não fossem obrigatórias e que obrigatórias só fossem as punições para os políticos cínicos e corruptos que temos.
Em qualquer situação da sua vida procure se lembrar:
'Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br
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