Não é supresa que o cidadão brasileiro seja tão passível de humilhação. Sua herança é um enorme processo de repúdio racial e social. Os resultados são visíveis até os dias atuais. Indeléveis.
Eu cria que o processo poderia modificar-se com o tempo, justamente por causa da demanda educacional do país. A própria educação, no entanto, precisa de tratamento. De manutenção. Mas, infelizmente, não ocorre dessa forma. Parece que não há um termo próprio para resolver essa dificuldade. Algo do tipo Stan Lee ou Tomas Moore.
Considerando que, em algumas partes da Terra de Santa Cruz, a miséria nos faz lembrar do lado difícil da África; considere-se então que, a herança não é apenas ideológica.
Os tipos de humilhação e sua procedência é uma questão discutível, bélica. O sofrimento também é relativo e podemos perceber isso claramente numa simples viagem de ônibus pela cidade.
Fazer perguntas típicas do sofrimento e do desespero, promove a população numa insignificância insensível. Há um outro lado que pode dar as respotas. Sabemos que todos sofrem, independente de cor, raça, condição social ou religião. Mas, por que mesmo assim, um número desgraçadamente grande de pessoas entendem o sofrimento como um quebra cabeça que precisa de peças para o complemento?
É tão fácil perceber a futilidade no ser humano! Seu desespero pelo vazio! É tão fácil sentir pena de nós: o Homem. Na verdade, há um passado obscuro e bastante incógnito sobre as origens. Um presente descontrolado, insatisfeito e totalmente morno.
Assim, a beleza está na ignorância. O futuro é como a morte: surpreendentemente silenciosa.
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