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ABBEY ROAD
Os 40 anos do Epitáfio dos Beatles.
Reginaldo Correia

O adeus é sempre difícil pra qualquer um. Não foi diferente para os fãs dos Beatles. O ano de 1969 marcou os principais eventos que culminaram com a dissolução deste, que, sem dúvida alguma é um dos maiores conjuntos musicais de todos os tempos e que, terminaria definitivamente no ano seguinte com seus integrantes cheios de ressentimentos e melancolia.
O primeiro destes eventos ocorreu ainda em janeiro, mais precisamente no dia 30, quando a banda tocou ao vivo pela última vez no telhado da gravadora Apple. Ninguém, que circunstancialmente acompanhou o momento histórico, poderia imaginar que aquele seria o último show dos “fab four”, infelizmente para muitos, foi o que aconteceu.
Meses depois, logo após o fracasso do projeto “Get Back” (que seria ressuscitado um ano depois e viria a ser o bom álbum “Let it Be”, de fato o último lançado pela banda), Paul McCartney teve a idéia de reunir os Beatles para um último Hurra. Ligou para o eterno produtor George Martin e com os companheiros de longa data, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr, começaram a criar e gravar aquele e que seria sua última obra prima gravada, o epitáfio de toda a sua carreira.
O produtor só aceitou com uma condição: Tudo teria que ser como nos “velhos tempos”, e foi. Até as brigas (recentes na época) foram esquecidas e a paz voltou a reinar a ponto dos quatro realizarem o que muitos consideram como um de seus melhores trabalhos. As gravações ocorreram de forma muito parecida com a do Álbum Branco, com os quatro gravando, realmente juntos, na maioria das vezes, apenas nas gravações dos vocais e nas finalizações das canções. O fato curioso é que John Lennon sofreu um acidente de carro com sua mulher Yoko Ono e faltou muitas das seções de gravação.
Mas, curiosidades à parte, Abbey Road foi pura transpiração. O disco é talvez o mais elaborado do grupo, comparavél apenas ao Sgt. Pepper’s. O LP (modelo padrão no periodo) tinha dois lados distintos. No A, 6 musicas longas ( a cara de Lennon) e no B, 11 músicas curtas, algumas fundindo-se umas nas outras formando um pout-pourri ( a cara de McCartney).
No total foram 17 canções: 6 de John Lennon, que contriubuiu com belas participações destacando-se as faixas: “Come Together” (feita por encomenda para Timothy Leary, o guru do LSD que, na época concorria a governador da Califórnia)A campanha politica não deu certo, mas a musica foi gravada e se tornou numa das canções mais conhecida de John;“I Want You (She So Heavy) e a magistral “Because”, um dos mais belos arranjos vocais da hirstória do grupo.
Já Paul McCartney não ficou atrás e trouxe algumas pérolas musicais como “Oh! Darling”, um rock cheio de energia; “You Never Give Me Your Money”, que era na verdade 3 canções que ele resolveu juntar numa só; “Golden Slambers” inspirada num poema do século XVII e “The End”, considerada como o adeus do quarteto de Livepool, já que a música é encerrada com a seguinte frase “ E no fim, o amor que você faz é igual ao amor que você recebe”.
Para completar a festa George Harrison contribuiu com duas de suas melhores canções: “Somenthing” que, de tão famosa é sempre creditada à Lennon/McCartney (até por Frank Sinatra que a regravou) e “Here Comes the Sun” outro sucesso do “beatle timido”. Até mesmo Ringo Starr não ficou de fora. E participou com sua segunda composição própria ( a primeira foi “Don’t Pass Me By” do álbum Branco). O baterista surpreendeu a todos com a qualiade e simpatia de “Octopus's Garden”, uma de suas musicas mais famosas e até da própria banda.
O disco foi um sucesso. Vendeu cerca de 5 milhões de copias em um ano e sua capa (cuja a famosa foto dos quatro atravessando a faixa de pedrestes foi em tirada em 8 de agosto de 69) e é até hoje uma das mais copiadas da historia trazendo a tona uma das mais curiosas e repetidas lendas do rock: A morte de Paul McCartney. Segundo os “especialistas”, é possivel ver as dicas na capa: Paul é o único descalço(os mortos são enterrados descalços) John é o médico(todo de branco), George é o coveiro( todo de jeans) e Ringo padre(todo de preto). Além de muitas outras encontradas em discos do grupo. Puras fantasias de mentes ociosas. Afinal Paul estava vivo. E o disco mostrou que ele estava bem vivo. Além disso o disco está entre o 15 melhores e mais importantes álbuns da história, segundo a revista americana Rolling Stone.
Em resumo, Abbey Road, que foi lançado no dia 26 de setembro de 1969, foi o “grand finale” do mais importante conjunto musical da história. O fechar com chave de ouro. Dali em diante prossegiariam em suas carreiras solos, deixando um “cadaver impecável”, mas tambem deixariam o mundo perplexo com a separação e sonhando com um retorno dos quatro fabulosos, o que jamais aconteceu.
E mesmo quarenta anos depois do fim da banda, e depois da morte de John e George a lembrança do quarteto de Liverpool continuam mais vivos do que nunca, pois assim como os próprios Beatles, “Abbey Road” entrou para a definitiva história da musica e entretenimento de onde jamais deverão sair.




Este texto é administrado por: Reginaldo Correia da Silva
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