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CÁSSIO 4 NOVEL IND 17 ANOS
DE PAULO FOG
ricardo fogaça

Resumo:
ÓTIMO


           Terminado o expediente, ali em um quiosque lanchonete, Laura e Cássio comem um podrão e bebem refri.
    - Esse até que esta bom.
    - Olha só, achei uma curiosidade em você, é expert em podrão.
    - Mais ou menos isso.
    - Como assim?
    - Moro por minha conta desde os meus 16 anos.
    - Nossa.
    - Meus pais faleceram e eu fui morar com uma tia, lá briguei com um filho dela e cá estou.
    - Pelo jeito sabe bem lidar com perdas?
    - Acho que sim.
    - Também perdi os meus pais, hoje vivo com minha tia, diferente da sua, ela não teve filhos, talvez por isso nos trate tão bem, com carinho e severidade, do modo dela, mais bem.
    - Com certeza que sim.
    - Obrigado.
    - Pelo quê?
    - Por seu convite, esse lanche, por conversar e........
    - Eu acho que estou gostando de você.
    - Estranho, eu também.
    Ali naquele instante o ato mágico do amor se faz presente e surge um selinho deles.
    - Oi gente.
    - Fernanda.
    - Vamos amiga, já esta dando nosso tempo.
    - É, vamos.
    Cássio se levanta e cumprimenta Fernanda, Laura se despede e elas saem, ele paga os lanches e refri e sai dali, ao longe as duas entram numa lotação.
    - Vamos quero detalhes, o bofe é bom?
    - Ele é bem legal.
    - Legal, vocês se beijaram?
    - Só um selinho.
    - O que é isso, virou velha, freira, Hebe Camargo?
    - Pare, não quero parecer atirada ou coisas assim.
    - Gosta dele?
    - Sim.
    - Então amiga seja sim atirada e muito mais, afinal ele é gatinho, sabia?
    - Boba. Risos.
    Regina tenta pela décima vez contato com Cássio, sem sucesso, inicia uma ligação para o telefone de seu apartamento.
    - Onde ele está, com certeza esqueceu seu celular, talvez nem pagou a fatura do mês.
    Dias depois, Laura e Fernanda mudam para a Kitinet no prédio onde Cássio também mora, eles ficam mais próximos e logo ele começa a frequentar á noite o quarto de Laura.
    Fernanda recebe ligações de alguns rapazes do escritório, mais decide por curtir o romance da amiga por enquanto, afinal sofrera muito nas mãos de um rapaz por 4 anos perdidos em tripla traição.
    Pela manhã, Cássio sai da cama deixando Laura a dormir, no banheiro ele urina e revisa o seu celular, mais de 80 chamadas perdidas de Regina.
    - E agora?
    Ele apaga, verifica a caixa de mensagens e uma montanhas delas vindo de Regina, após apaga-las ele retorna para a cama, abraça Laura com força e carinho.
    Regina arruma uma mala, Karen entra ali e observa a tia apressar-se.
    - Vai aonde?
    - Estou muito preocupada com o Cássio, não tenho noticias dele.
    - Acha que ele ja arrumou outra, eu acho que sim, bem provável, afinal você o mandou para a matriz?
    - Não foi bem assim.
    - Claro que foi, você acha que as pessoas tem de fazer tudo a seu gosto, tomara que não, mais tudo indica que ele ja tem outra, aceite.
    - Pare com isso, senão veio me dar apoio então pode sair.
    - Acho que vou ficar, não quero perder nenhum detalhe disso.
    - Acha mesmo que existe outra?
    - Sim.
    - Por que ele não me disse, me ligasse então?
    - Para quê, só para adiantar o que esta fazendo agora, indo atrás do homem perdido.
    - Tem certeza que só tem 14, menina?
    - Aprendi tudo que sei com a melhor, você tia.
    - Certo, ja me arrependo.
    - Bom, agora ja é tarde aprendi muito bem contigo, tia.
    - Eu mereço, para ajudar ainda tenho uma sobrinha mimada e mau educada pra caramba.
    - Obrigado tia.
    - Por favor Karen.
    - Vai logo, eu me viro muito bem aqui.
    - Vai ficar bem?
    - Eu sempre fico.


                           29062020.............








                            4






                      Regina deixa o carro no estacionamento pago próximo a rodoviária, ali ela pega o ônibus rumo a capital, ja na poltrona ela se perde em lembranças junto de Cássio, porém sempre sentindo algo a roer seu peito.
    - Será que a Karen tem razão, talvez eu tenha sido rude com ele e.........
    Aos poucos ela adormece agarrada a sua bolsa.
    Cássio termina de lavar a louça do lanche que fizeram, Fernanda segue para o quarto cochilar, Laura vem por trás dele o agarrando.
    - Oi.
    - Graças, enfim sós.
    - O quê, ela esta no quarto?
    - Com certeza já caiu no sono.
    - O que tem em mente?
    - Isso.
    Ele a traz mais para si num beijo que a faz perder o fôlego, logo ali nos braços dele sendo carregada até o sofá da sala, ali roupas são deixadas ao chão e Laura se entrega ao prazer de um casal feliz.
    Já são quase 7 da noite quando Fernanda acorda, sai do quarto e entra no banheiro, logo sai e vê a cena, roupas jogadas e o casal nús, sendo em destaque a bunda de Cássio, ela corre até o quarto e retorna com seu celular fazendo algumas fotos, retorna a seu quarto e tempos depois eles acordam.
    - Ei, a gente pegou no sono.
    - E daí?
    - Esqueceu, a Fernanda esta aqui.
    - Oras, ela esta dormindo.
    - Não, ela ja acordou.
    - Será?
    - Sim.
    Eles se vestem rapidamente e entram no quarto, Laura olha Fernanda a roncar e Cássio beija Laura e sai.
    - Onde vai?
    - Acho melhor deixar vocês um pouco ai, coisas de meninas.
    - Tá, mais volta viu.
    - Lógico, te amo.
    - Também, te amo muito.
    Cássio sai e Laura fecha a porta, retorna para o quarto e liga a luz.
    - Pode parar de fingir.
    - Eu, o quê?
    - Boba, sei que estava acordada, vi você tirar dele viu.
    - Bem, não tão dele, mais da bunda dele, amiga. Risos.
    - Posso ver?
    - Lógico, afinal ela te pertence, em partes.   Mais risos.
    - Boba.
    Laura pega o celular de Fernanda e confere as fotos.
    - Sabia que tem jeito para detetive?
    - A tá, fui descoberta logo no primeiro caso. Risos.
    - Amo ele.
    - Eu sei, sabe, fico é muito feliz que tenha arrumado ele e esquecido de vez o louco do Murilo.
    - Você sempre torcendo pela minha felicidade.
    - Laura, você é como uma irmã para mim, a irmã que não tive.
    - Você sempre diz isso, desde que nos conhecemos, lembra?
    - Claro eu tinha 11 anos.
    - E eu 10, mais ja era bem louquinha.
    - Não, você sempre foi sacudida.
    - Gosto quando fala assim.
    - Sabe que logo vou me mudar?
    - Por quê?
    - Para dar privacidade a vocês, oras.
    - Pare com isso, até nos viu nús.
    - Por isso mesmo, não quero me habituar com essas cenas, eu juro. Risos.
    - Sabe que por mim você fica, sempre.
    - Eu sei, mais é que eu tenho que ter meu canto também, a vida é assim amiga.
    - Entendo.
    - Tá.
    - Vai namorar alguém?
    - Não, por enquanto quero me dedicar ao trabalho e sabe, acho que talvez eu possa dar uma chance para o rapaz do almoxarifado.
    - Aquele gatinho?
    - É, ele é bem bonito né.
    - Gato, não tanto quanto o meu, mais é um gato vai. Risos.
    - É.
    - Boa sorte.
    - Obrigada. As duas se abraçam ali, Regina acorda quando o ônibus para num posto de estrada, todos descem para ir ao banheiro e comerem algo no restaurante.
    - Oi.
    - Sim senhora.
    - Vai demorar muito para chegarmos a São Paulo?
    - Não, menos de 2 horas, talvez uma e meia.
    - Obrigado.
    - Vai a trabalho?
    - Quase isso.
    - Amor?
    - Esta na cara?
    - A gente que ama, também conhece a outros com esse mesmo sintoma.
    - Tomara que eu encontre a cura desse.
    - Se for verdadeiro e se for o seu tempo de amar, vai sim, com certeza que vai.
    - Mais esse é com certeza que é.

                  01072020...........




Biografia:
amo ler e muito mais escrever, sou assim
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