17
- O que você esta dizendo Rebeca?
Rebeca olha para Roberto que senta frente a ela, seus olhos marejam.
- Sim dr, seu pai fez com que eu fizesse a cabeça dela.
- Mais ela....
- Não, ela foi fiel, sempre foi.
- Por que Rebeca?
- Eu tive medo dr, era nova não tinha casa, família, gostava do trabalho, de vocês.
- Por isso se sujeitou?
- Sim dr.
- Conte-me tudo Rebeca.
- Naquela noite, estava chovendo, o dia todo fora um tempo fechado.
- Não me lembro muito.
- Mais foi, cheguei no motorista e pedi a ele que encontrasse um de seus amigos de boteco.
- Rebeca, meu Deus.
- Sim dr, eu o fiz, assim que ele trouxe o homem, era novo, feio, quase sem dentes.
- Continue.
- Eu ofereci um suco para ele que havia colocado um comprimido que seu pai me deu.
- Como pode Rebeca, como pode?
- Me envergonho, mais o fiz, ele bebeu e minutos depois estava sonolento, com a ajuda do motorista levei o rapaz ao quarto das empregadas, só estava Mercedes ali, as outras eu havia dispensado.
- Pode parar, eu sei o final.
- Me perdoe.
- É dificil, muito dificil, ver eles dois ali, semi nús depois ela me dizer que não sabia o que eswtava acontecendo, mais eu os vi naquela cama, depois veio com aquela estória....
- Da gravidez?
- Como soube Rebeca?
- Ela veio a mim primeiro, morria de medo de todos aqui pelo ocorrido.
- Por que não me disse?
- Não podia, seu pai foi bem claro quanto a tudo.
- Entendo.
- O dr me desculpe, sei que não vai me perdoar, portanto só me dê um tempo para arrumar minhas coisas.
- Não.
- Dr.
- Faremos diferente.
- O quê?
- Vamos ver Mercedes amanhã.
- Eu?
- Sim.
- Tudo bem é o minimo que posso, mais uma vez me desculpe dr.
- Amanhã Rebeca, amanhã.
- Tudo bem.
Roberto pede um copo de suco, toma e sai para seu quarto, Rebeca ali relembra tudo de forma que abre feridas em seu íntimo, ela chora, levanta apaga a luz e segue para seu aposento.
Helana termina de guardar os copos, Tiago fecha o caixa, sendo que quase 90% os capangas de Ivan levaram.
- Finalmente.
- Oh noite infernal, pensei que essa velharada fosse morar aqui.
- Não se esqueça que é deles que tiramos o nosso sustento. Diz Mercedes entrando na cozinha com um prato, colher, copo.
- E o tio?
- Comeu, já esta melhor, como digo, pronto para outra.
- Deve estar bem sem graça?
- O de sempre. Helana solta o cabelo, tira o avental e sapatos.
- Eu não sei vocês, mais eu vou tomar um bom banho e dormir.
- Faz bem. Tiago entrega as fichas e o dinheiro para Mercedes e segue para o corredor quando ela o chama.
- Sim tia.
- Fique, quero falar contigo.
- Tudo bem.
Helana sai e Mercedes aponta a mesa e o rapaz senta.
- Agora me diz o que o dr Roberto veio fazer aqui?
- Como assim tia, ele é o nosso cofre, a neta dele é que eu devo fazer aquilo, entende?
- Jamais. Mercedes levanta olhando firme para ele.
- Tia.
- Me ouça bem Tiago, não quero que faça qualquer coisa com a garota.
- Por que tia, o Ivan que ordenou.
- Que ele vá para o inferno, prefiro morrer aqui, por favor, se realmente me considera não faça nada disso, por favor Tiago.
- Por que tia.
- Eu sei bem o por que, um dia quem sabe eu lhe diga, mais por hoje só basta o que te pedi, mais uma vez eu te peço, Tiago por favor não mexa nessa garota, me prometa.
- Sabe que eu não acredito em promessas tia.
- Prometa vai diz logo. Mercedes grita com ele.
Nestor entra ali nisto.
- O que esta acontecendo, por que esta gritando com o Tiago, Mercedes diz por que?
- Ja esta melhor tio?
- Sim Tiago, agora vai Mercedes me responda ainda sou o dono disso aqui, quero saber agora.
- Vá dormir. Responde Mercedes.
- Mercedes.
- Não vou dizer e você Tiago pense muito bem, por favor, não destrua nossa amizade, por favor.
- Esta certo tia farei o que me pede.
- Obrigado.
20181504....................................................
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