O TEMPO EXPIRA |
Paulo Sérgio Rosseto |
Fecha a cortina para diminuir o sol
Retrair a luz
Tornar opaca a mera visão do dia
Cochila recostada à cadeira
Cerra os olhos
O instante congela quando fecha a janela
A nuvem densa esconde a lua
Depois chove
E a noite se molha negra e ensopada
De silêncio a madrugada silencia
Tranca os lábios
Aquieta a língua e o pensamento flutua
Não há morte encomendada
Tudo é normal
Como qualquer ato cedente
Apenas continua o gesto motor
Repetido movimento
A gente segue e o tempo expira
Há quem adoeça e soluça e suspira
O prazo extingue
E o corpo – ah o corpo não mais respira
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Biografia: Paulo Sérgio Rosseto é poeta e administrador de empresas. Natural de Guraçai - SP, passou toda a adolescência e juventude em Três Lagoas/MS. Atualmente reside em Porto Seguro/Ba.
Livros publicados: O SOL DA DOR DA TERRA, MEMORINHAS - POEMAS INFANTIS, ATO DE POEMA E UMA CANÇÃO, CRÔNICAS ABERTAS - Poemas e DOCES DOSES DE POESIA - Aldravias - 2018. VERSOS de VIDRO e AREIA e também POEMAS QUE VOCÊ FEZ PRA MIM - 2019. |
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Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 151.
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