Como anda você?
Sua, minha família?
Onde andas?
Onde anda você?
Resolvi me, lhe perguntar.
Diante das incertezas.
Por onde andarei?
Por onde andará?
Estarei, estarás em uma mesa de bar?
Caminharei, caminhará por uma rua escura?
Num transporte coletivo?
Mas: serei eu; serás tu...
Quem será o coletivo?
Será que andarei?
Será que estará segura?
Vivo a cada dia a perguntar
Sobre essa segurança
Que a cada dia que passa:
Sinto aflição, insegurança..
Perco-me na emoção
Perco a razão.
Com esta situação.
Já não ando mais na farra.
Com medo que alguma bala
Se perca em meu coração.
Pois só vejo inversão.
O cidadão está na vala.
O crime comemora
a bala que o achou.
Minha farda na mochila.
Não coloco no varal.
Já me sinto um animal.
De caçador a caçado.
Indignado e sem moral.
Essas leis tão velhas e fracas.
Acuando o Estado.
Sem Remédio Constitucional.
Apagam-se então as luzes.
Nessa guerra tão desigual.
Deixando tudo como está.
E o povo vivendo em cruzes.
Nesta Nação tão imoral.
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