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Dos meus lábios saem o licor do meu coração,
o que vai te embriagar,
saem palavras que se abraçam e fazem poesia,
estendem a mão a te convidar
para um passeio no milharal de poemas,
anseiam por teus olhos ansiosos,
sabem que tudo ao redor vale a pena...
Da minha boca escapam flores e frutos do meu jardim,
o teu alimento,
surgem raios de tempestades cerebrais,
o portal de um novo tempo,
te dou o espelho do meu espírito,
o que eu urrar se tornará o seu grito,
nenhum sinal de lanças ou algemas,
o amor é liberdade,
como uma rua sem sinais ou começo, meio ou fim...
Da minha interioridade
saem anjos que escaparam do céu de bronze,
caem estátuas a teus pés,
a bem da verdade,
vieram de um mundo inexistente,
de bem longe,
tudo para que separe o falso do verdadeiro,
que não te julguem e isso faça,
vamos, beba, não é veneno
o que tenho na taça....
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