O sírio, é antes de tudo, um forte. Não tem a felicidade e paz estampadas no rosto como os ocidentais, que não tem no meio das horas calmas e pacíficas a preocupação com o futuro ameaçador e não conhecem os horrores dos estrondos, que quando silenciados trazem noticias que fazem florescer os piores sentimentos. Suas cidades igualmente como sua aparência, reflete a fealdade típica dos fracos, quase sempre abatidos e fatigados em um manifestar de displicência se encontram. Suas historias quase nunca são terminadas com um final feliz. Em suas narrativas a fatalidade a catástrofe e a morte são protagonistas. Suas famílias esfaceladas pela guerra, procuram misericórdia longe do inferno, mas a xenofobia e o preconceito de países perfeitos lhes causam ainda mais sofrimento.
A quem diga que são infelizes condenados a vida, Homens, mulheres e crianças vencidos pela carnificina estabelecida em seu pais, entretanto, toda descrição ilude. A mulher em meio ao campo de batalha torna-se uma titã, suportando dores insuportáveis, o homem, tendo que tomar decisões avassaladoras, torna-se um verdadeiro líder a ser seguido e o mais jovem, lidando com sucessivas interrupções da sua infância e vivendo horas perturbadoras e cruéis recheadas de desgraça, faz-se homem, quase sem ter sido criança.
Suas vidas continuam mescladas a batalha rotineiramente, seus sonhos ainda pulsantes em seus corações permanecem acelerados. Devido ao trauma da guerra, sua conformidade e inocência de crer em promessas vindas de seus opressores preenchem seus dias de esperança. O sírio permanece ereto, de pé, forte e peitudo, mesmo sozinho, abandonado e esquecido ele carrega a vida nas costas esperando-a senti-la mais leve em um futuro próximo.
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