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A canção "Mestre Sala dos Mares", cuja interpretação pertence à Elis Regina, critica fortemente a existência do racismo - este, o qual a opressão é de tal forma agressiva, que a repressão é a consequência natural da sua incompreensível existência. Nesse enfoque, a persistência dos comportamentos etnocêntricos amparados pela anacrônica Teoria do Darwinismo Social, constitui-se em um grave massacre às múltiplas identidades afrodescendentes, além de transgredirem completamente os Direitos à equidade bem como a dignidade Humana, expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Diante desse prisma, em decorrência da sociedade brasileira ser composta por mais de 50% de negros e pardos, em consonância com o IBGE, atrelado ao fato deste território ser historicamente compreendido sob a ótica da "plena diversidade cultural", criou-se no inconsciente coletivo o mito da "Democracia Racial" e do "Brasileiro Cordial" - conceito implementado por Sérgio Buarque. No tocante a isso, enquanto não houver a desmistificação dessas incoerentes "verdades absolutas", o racismo continuará, lamentavelmente, a explicar os alarmantes 80% das causas de morte dos negros, dado do Instituto Humanitas. O preconceito persiste, então, subsidiado pelas sombras dessas perversas farsas sociais as quais velam as constantes e diversas formas de marginalizar, sobretudo reificar - ideal Marxista - a natural presença de pretos no mosaico social desta nação.
Ainda faz-se relevante enfatizar: 18% dos negros ocupam cargos de elite no campo laboral, em concordância com a Folha de São Paulo. Esses dados evidenciam as massacrantes oportunidades socio-econômicas ofertadas a esse público e, mais uma vez, o pretérito faz-se presente ao termos índices relevantes de afrobrasileiros subjugados, assim como rechaçados socialmente - ao possuírem apenas a liberdade Jurídica ofertada pela Lei Áurea e - pasmem - sofrendo desde 1888 a sórdida falta de integração social digna, comprovada pelos ínfimos 2% de negros com o título acadêmico e, vergonhosamente, o STF (Supremo Tribunal Federal) ser constituído por mais de 90% de brancos - ainda de acordo com a Folha. É lastimável a percepção de que o racismo integra grandemente o cotidiano das mais amplas Instituições e, mesmo após 100 anos da afirmação de Machado de Assis, Em "Memorial de Aires", a realidade latente faz ressurgir corriqueiramente esta célebre frase: "ainda que queimemos todas as leis escravocratas, jamais conseguiremos apagar as marcas da história."
Vê-se, portanto, a necessidade de tornar consciente parte significativa do corpo civil no tangível à ocorrência diária de ações discriminatórias, além de haver a desqualificação expressões racistas que foram socialmente regulamentadas. Isso deve ser feito por meio do Governo Federal, ao divulgar cartilhas de esclarecimentos Históricos e Humanos no que se refere à nefasta prática racista, através do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). Somado a isso, a maximização de condutas propostos pela grande mídia, a exemplo do "Teste do Pescoço" - consiste em olhar literalmente para o lado e perceber a discrepante percentagem de negros associados aos meios trabalhistas de diferentes exigências intelectuais. Em conjunto a essas iniciativas, vale ressaltar a importância da União de seguir o princípio proposto por Aristótelis: "tratar desigualmente os desiguais", através das Cotas Raciais para concursos públicos, haja vista sua exímia eficácia para a garantia de uma democracia mais justa igualitária.
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