Chegará o dia em que baterei à tua porta
e sem que me perguntes quem sou
abrirás a porta e me dirá - entre -
pois teremos aparado todas as diferenças
e seremos iguais ou tão parecidos, igualmente...
Do mesmo modo na casa minha
entrarás pela porta da frente
e, como se atravessasses a última linha,
seremos muito iguais, nada diferentes...
Pois que já temos em comum,
conforme o combinado,
o dorso, os pés, as mãos
e o restante que é tão sagrado
como os pensamentos que destoam
por filosofia,
mas que se unem quando
nos entregamos à noite,
irmã do dia...
E assim, como nasce o sol
para os olhos de toda manhã,
viveremos para o motivo primeiro,
corpo ereto, alma sã...
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