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Emilly - A Garota Sem Regras
Wellington Almeida

Resumo:
Quando Peter James entrevista a famosa escritora de romances pornôs Emilly Valentine, se vê completamente enfeitiçado pela escritora que está no auge de seus trinta anos. Mas, algo não está no seu devido lugar... E ele sabe muito bem o que é! Peter possui uma segunda personalidade que o substitui sempre que seu lado tímido se manifesta quando está prestes a ficar com alguma mulher. James, como é chamado sua segunda personalidade gosta muito de coisas obscuras e em determinado momento vê que esta apaixonado pela Emilly exemplar e não apenas o que o mesmo se autodefine ser um ''escape sexual''

Prólogo – Primeira personalidade.

Anotações do Meu Diário. Dia 23/06/2014

   Hoje, nada de anormal aconteceu. Estou no controle á dois dias já. O orgulho ainda é um pressuposto angustiante. Sabe quando estamos no controle de uma situação e logo após já não estamos mais? Então, isso acontece comigo. Ás vezes sou eu no controle, depois já não estou mais. Outro nada parecido comigo assume tudo em mim. Minhas lembranças e minhas vontades. Ate mesmo sexual. Eu me torno outra pessoa.

Eu assumo minha Segunda Personalidade.


PARTE 1 – Emilly

Abro meu notebook e pesquiso um nome. Emilly Valentine Maya. Conhecida principalmente pelo seu primeiro e segundo nome: Emilly Valentine. Ela é uma escritora de romance erótico de sucesso que está no auge dos seus 30 anos. Não é casada e não tem filhos. Uma trintona solitária, que apenas abastece seu tempo escrevendo romances pornôs.


Ela é mundialmente conhecida pelo seu romance pornô de estréia (Emilly - A garota sem regras) Seu romance vendeu 70 milhões de cópias e foi traduzido para mais de 32 idiomas, e não obstante, estourou o mercado literário erótico.

   Tenho uma entrevista com ela hoje, logo mais ás três e dez da tarde. Meu colega de quarto me pergunta insistentemente se eu realmente vou do modo como estou vestido.

- Você vai mesmo deste jeito? – pergunta ele erguendo uma sobrancelha para mim.

Não que há algo de errado do modo como me visto, é que prefiro não estar de acordo com a moda. Vestir-me é algo indispensável simplesmente para não ser preso por andar pelado por aí. Infringir leis não é a minha praia.

- Vou por quê? É só uma entrevista. Nada de câmeras e falar publicamente. – viro-me para o meu guarda-roupa e pego minha blusa de frio cinza. Ainda estou de cueca Box, mas não há nada que eu queira esconder.

Visto o conjunto: blusa, calça e touca. Desligo
o notebook e parto juntamente com minha bolsa de lado preta. Meus passos são tranquilos, ainda são duas e cinquenta da tarde. Tenho vinte minutos.

Procuro meu celular no bolso da calça e aperto o botão que me direciona para os meus recados. O primeiro é de uma garota chamada Pamela:

- Oi, James... – ela brinca com sua voz fazendo-a ficar infantil. Ela me chamou pelo meu segundo nome. James. – Estou com saudades de você meu amor... Aquela calcinha ainda é a sua preferida?

Saio dos meus recados imediatamente. Essa é uma parte de mim muito obscura, a parte que não me faz bem. A parte dominante. Nós transamos.

Não eu, ele.

Mais tarde você o conhecerá. James.

A casa é simpática, possui duas grandes plantas na entrada em ambos os lados do portão. Simpática, porém, elegante. Uma mulher que aparente ser a governanta da casa me orienta.

- Por aqui, por favor, senhor Peter. – Seu tom cordial me tira do stress por um curto período de tempo. Seus cabelos bem arrumados em um coque lhe da a confiança e o pulso firme que seu cargo exige.

- Ele chegou Senhora! – diz ela, para outra pessoa que suponho ser Evelise.

- Mande-o entrar! – diz Emilly em um tom frio.

A governanta abre a porta á medida que eu avanço e então entro.
Seus olhos verdes me atingem bruscamente. Ela é muito mais bonita pessoalmente do que por fotos.

- Você deve ser Peter James, prazer sou Emilly Valentine. – ela diz. Então a cumprimento com um aperto de mão. – Não que você não tenha percebido... – ela completa sorrindo.

Em cima da mesa de vidro de seu escritório esta um lápis, ela o pega e como se desistisse de algo o solta novamente em cima da mesa.

- Ok, pode começar! – ela diz.
Pego meu gravador e posiciono na beirada da mesa.
Então clico em (gravar).

- Seu primeiro livro é oEmilly - A garota sem regras. Você se expirou em si mesma para escrevê-lo? – Deixo a pergunta no ar por enquanto, minhas mãos ficam entrelaçadas como se estivessem presas por algemas.

- Você é estrangeiro. Não sei bem sua nacionalidade. Mas fala o meu idioma perfeitamente. Fluentemente. Seus olhos são castanho-escuro, bem arrastado para a cor preta. Sua pele é morena. Um tom perfeito de quem vive se bronzeando. – ela me avalia e estou em sua linha de fogo. Mas ela continua:

- Estou certa? – ela pergunta, eu balanço a cabeça em concordância. Ela prossegue. – Eu apenas observo meu rapaz! Sou extremamente curiosa com os costumes diários, e faço deles meu parque de diversões. E isso me faz ter ideias. Você mesmo é uma ideia para mim...

- Qual é a ideia que eu lhe passo? – pergunto.

- De um rapaz sexy e provocador. Tímido, mas provocante. – ela diz, e eu temia essa resposta. Merda! Eu não devia ter perguntado.

- Enfim, minha inspiração é senão várias e várias mulheres por aí. Uma Evelise sem regras.

- Próxima pergunta. – Eu digo. – Em seu livro de estreia, você escreve sobre uma mulher que é uma paciente de uma clínica de reabilitação. Ela é como em sua própria definição – sem regras. Qual o ponto que você acha que é excitante para os leitores?


- A ausência de limites! Esse é o ponto inesgotável de excitação para os meus leitores. Hoje em dia tudo é extremamente certo. Temos que ir além de nossas fronteiras e explorar nossos medos e prazeres.

- Você é uma garota sem regras? – pergunto curioso. Está pergunta não estava em minhas anotações.

- Parte sim, parte não! Sou os dois. Sem regras e com regras. Lados opostos meu caro. Sim, eles sem atraem.

Ela pega o lápis deixado em cima da mesa de vidro e o coloca entre os lábios mordiscando-o levemente. Algo dentro de mim se remexe.

Arrumo meu óculo que pendeu para o lado com a absoluta atenção ás respostas de Evelise. Meus lábios estão molhados. Possuo esse hábito estranho quando estou prestes a mudar.

Eu mudar para ele aparecer.

- Será que posso ir ao banheiro? – pergunto sem olhar para Evelise.

- Sim, claro! É no corredor á direita. – ela diz.

- Obrigado. – levanto-me e vou ao banheiro.

Empurro a porta.

Entro.

Olho atentamente o espelho e vejo meu reflexo.
Abro a torneira e deixo uma quantidade suficiente para lavar meu rosto inundar minhas mãos. Primeiro jogo, uma, duas, três vezes no rosto. Depois coloco a palma da mão molhada no pescoço.

- Agora não! – eu murmuro para mim mesmo.
Mas é inútil. A transformação virá e eu não serei mais o mesmo. Vou me tornar outro.
Minha segunda personalidade. James.

Volto ainda com resquícios da minha segunda personalidade. Mas, vou sair o mais rápido possível. Antes que eu deixe de ser eu mesmo.
Chego ao escritório ainda em chamas. A touca que ainda pouco estava em minha cabeça, agora foi expulsa para minha bolsa. Deixada de lado, assim como meu óculo.

- Preciso ir. – Digo impaciente.

- Esta se sentindo bem? – ela avança para relar em mim, mas recuo.

- Estou obrigado! E... E... Até mais. – saio para o frio congelante, entretanto estou quente feito brasa e sinto como se os flocos de neve que tocam minha pele derretessem instantaneamente.

Largo o óculos e prossigo para uma direção incerta.

- Quer libertar-se? – grito para meu segundo eu.

– Liberte-se! Faça o estrago completo...
Nada me parece claro depois. Eu enfim desmaio.

Sobre a densa nevoa que perpassa sobre a minha mente vejo:
   Olhos verdes. Um lindo cabelo loiro. E uma boca carnuda. Três itens de um todo completamente adverso á sensatez. E uma atração doentia... Porém irresistível.

Eu tenho três opções:
Opção um: Entender que sou um perigo. E mostrar o por quê.
Opção dois: simplesmente deixá-la, abandona-la o que me parece covarde, mas enlouquecedor principalmente.
Opção Três: Explorar as sombras, e romper de vez a tênue resistência que estou me impondo e entregar-me a imensa vontade de roubar um beijo.

Fico com a terceira opção.


Biografia:
Meu nome é Wellington Almeida,nasci no estado de são paulo, mais fui criado no interior do Paraná. Onde com muito orgulho surge deliciosas histórias para entreter-me e me fazer flutuar nas maravilhosas facetas da escrita.
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