Não mais necessito, de você, de ninguém, do ar que respiro, despeja o oxigênio límpido, fecho os punhos faminto, encontro de furacões, lago profundo, confuso, prossigo emergindo, lembrança de você, que com golfinhos brincava, alheia nem me viu subindo, busquei tuas mãos, conformado, a vida seguiu e eu sem ar, afogado, perecendo.
O tempo pragmático revirou feroz, a areia do fundo, a placa se deslocou, deu liberdade, ressuscitou, trouxe você, peixe voraz, na velocidade do som, novamente se aproximou, de minhas presas, predador, nenhum de nós agora, possui mentira ou pudor, unidos num só corpo, finalmente prontos, para o amor.
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