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Na dor, sempre haverá espaço para mais uma palavra
que empilhada sobre tantas outras em formoso arranjo
de sentimento, ternura e desgraças, tece a branda face
da literatura audaz e emotiva, lacrimejando em tinta
o sofrimento que desponta insistente
e sonhando que com um virar de página,
a tristeza seja esquecida e logo substituída
pela lembrança festiva de um dia que de tão claro
como a aurora feliz em meio à noite difusa,
reconheceu minha alma como serva de meus dons.
“Esse é um caminho sem volta”, avisaram vozes
que em minha mente soavam e nas mãos dançavam
em canções perigosas de caneta preenchendo papel
e nos vibrantes sons de um coração escravo da liberdade,
ao qual competem missões ao “eu” que tanto quis encerrar.
Mas os corações sedentos por vozes fervorosas, sabem que
Na dor, sempre haverá espaço para mais uma esperança.
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Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
