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CHEGAR CEDO E CEDER
Flora Fernweh

Chegaste cedo e sem alardes, não estou desperta, apenas deserta.
É muito cedo, amor,
fuja, há tanto para viver antes de nos entregarmos,
estamos em plena aurora.
O eterno dura pouco, um segundo, um presságio, um passo, um desespero,
mas a eternidade é puramente o que você faz disso tudo o ser que és,
vá gozar de sua liberdade, vá viver sem deixar que te roube o coração, entregue-o a mim e lhes dê somente a carne, se assim preferir.
Vá, somos apenas vento, mas a juventude faz de tudo ventania,
em uma utopia que arde e queima, sorrateiramente apaga e aos poucos nos deixa as cinzas dos anos que se confundem entre vividos, vívidos ou sonhados,
é uma doença incurável e misteriosa, inconcebível para aqueles que nunca sofreram com as desordens que nos fazem crer na elegância do futuro e na sede do agora.
Cuidado com as armadilhas que o destino prega, amado meu.
Deixe o mundo te fragilizar para que só o tempo te endureça.
Amor, meu grande amor, depois que tiveres atravessado todas as veredas e conhecido os mais escuros caminhos, deságue em mim, busque seu remendo naquela que poderia ter te poupado tantas angústias,
quando pensares que já viveu tudo o que é reservado a um homem e que já viu todas as paisagens, paraísos e infernos, me procures, sabes onde me encontrar, já até esbarraste em mim um dia, em um dia cedo demais, por sinal.
Permita-me ser seu único amor, para isso, terei de ser a última e não posso ser a primeira, a vida é um sorriso arrebatador, uma surpresa em cada trôpega face, uma paixão quente em cada esquina e um amor fresco em cada olhar.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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