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UM RETRATO DE MULHER
Leonardo de Souza Dutra

UM RETRATO DE MULHER


     Para pintar um retrato de mulher:
     Escolha uma emoção, deixe-se levar por ela
     Tome a parte mais terna de um sonho
     Transforme em tinta...
     Afaste dos olhos todos as outros se houvera
     Prenda a tela a um canto
     Do lugar mais particular seu
     Junte a este canto, o canto de uma voz não presente
     Coloque na tela uma rosa, agora o jardim
     Espere passar por este jardim a dona do canto.
     Se demorar, não desanime ela vira - se no outono -
     Se no inverno - se no verão -
     Não haverá primavera caso não venha,
     Mas mesmo assim deixe permanecer as flores no canto da tela.                               
     Um dia, quem sabe, ela mude o rumo e venha
     Caso ela venha, contorne docemente o pincel em suas mãos.
     Fazendo-a voar como um fênix
     Tome a liberdade de contornar seu corpo
     Com cuidado
     Debruce sobre ela o mistério do crepúsculo
     Envolva a tela com uma tênue imagem de mistério
     Tire neste momento o véu que cobre os seus cabelos
     Traga a brisa suave e deixe-a desalinhá-los
     Retire da tela o jardim e a rosa
     Deixe-a voluntária refletir toda emoção
     Espere por vê-la sonhar,
     Se ela não sonhar será um mal sinal
     Mas se sonhar será sinal de um bom signo.

Leonardo Dutra





Biografia:
Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra
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