Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Morre formiga, morre!
Leonardo de Souza Dutra

Morre formiga, morre!
          Gritou surdamente enfurecido.

          Sobre uma escrivaninha
          Abandonada, vagava lerda formiga.
          Serva de tantos servos
          Severa em sua missão
          Jornada longa em busca de informação
          Deixando suas antenas tocar o ar
          Demonstrando intimidade com o instinto.

          Jogado a um canto da biblioteca
          Olhos agudos
          Ar sombrio,
          Imobilizado
          Transferia para dentro de si
          O vagar alucinado da formiga
          Vendo-a
          Pareciam perdidos
          Um buscando o caminho, outro uma solução

          Morre formiga, morre!
          Gritou surdamente enfurecido.

          Se perdida
          Se perdido
          Estavam em uma única idéia, eles, atados
          Como que querendo desmembrar sua parte formiga
          Arremessou-lhe sua visao formiga
          Deixando cair indolentemente pesado livro
          Desfigurando assim a negra formiga
          Que um dia aventurou-se a percorrer a escrivaninha
          empoeirada de uma biblioteca.

          Morreu a formiga, morreu!


Leonardo Dutra

          


Biografia:
Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra
Número de vezes que este texto foi lido: 61691


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Maria de Todos os Tempos Leonardo de Souza Dutra
Poesias Recife Leonardo de Souza Dutra
Poesias Ato Ilícito do Amor Leonardo de Souza Dutra

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 41 até 43 de um total de 43.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
O Próximo Segundo é Inédito - Pedro Trajano de Araujo 16 Visitas
Sob as águas - Pedro Trajano de Araujo 16 Visitas
Parada - Pedro Trajano de Araujo 16 Visitas
As Quatro Estações em Mim - Pedro Trajano de Araujo 9 Visitas
Vale a Pena, Sim - Pedro Trajano de Araujo 9 Visitas
Andarilho que Sou - Pedro Trajano de Araujo 8 Visitas
O Valor de Sentir - Pedro Trajano de Araujo 8 Visitas
Todos os Dias de uma Vida - Pedro Trajano de Araujo 7 Visitas

Páginas: Primeira Anterior