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PEDIDO DE CASAMENTO
Carlos de Almeida

PEDIDO DE CASAMENTO

Entrei pra pedir a mão
Da mulher que eu amava
Ao passar pelo portão
Sua família me esperava
Até então educados
Me convidaram a entrar
Em um sofá acolchoado
Tratei de me sentar!

De pé estavam seu pai
Sua mãe e seu irmão
Sua prima da cidade
E a tia Conceição
Olhavam pra mim intrigados
Com coceira na garganta
Endemia de pigarros
E já na hora da janta!

A senhora Filomena
Mãe da minha amada
Iniciou aquela cena
Me dando a primeira estocada:
-Vai casar com a minha filha?
-De onde você é?
-Já está comprada a mobília?
-Anda de carro ou a pé?

Antes de eu dar a resposta
O pai, um velho sisudo
Me deu um tapa nas costas
E acho que um leve cascudo!
Com um tom de nada manso
Querendo saber de tudo
Já me cobrando a resposta
Como se o dono do mundo!

Eu já tinha ensaiado
Tudo que iria falar
Mas me senti pressionado
O rumo que estava a tomar
A minha primeira palavra
Foi cortada pelo meio
Pela tia Conceição
Sem fazer nenhum rodeio!


Disse que veio de longe
E estava preocupada
Com a sobrinha Carol
Com sintomas de embuchada
Que não sairia dali
Sem uma data marcada!
O desespero me chagava
Apontando uma furada

O irmão de Carol
Um gigante marombeiro
Impaciente já estava
Me deixando em desespero
Sua cara de malvado
Naquele corpo suado
Já me deixava intrigado
Tomara que eu saia inteiro!

A prima intrometida
A ninguém pediu permissão
Puxou Carol pelos braços
Em um violento puxão
Foi então que minha amada
Interviu ao nosso favor
Declarou-se apaixonada
Dizendo ser, meu amor!

Eu fui salvo pelo gongo
Agradeço a sua prima
Por tocar a Carolina
Tenho a ela muita estima!
Sem nada eu quase falar
Fomos pra mesa jantar
Depois de quase apanhar
No auge daquele clima!

Em breve vamos casar
E pra dizer a verdade
Com seus pais, vamos morar
É a dura realidade
Em um breve convite
Aceitei rapidamente
Nosso filho já vai nascer
Por enquanto, conveniente...




Este texto é administrado por: Carlos Mambucaba
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