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OS ESPORTES CONTRA AS DROGAS
ALTERNATIVA DE PREVENÇÃO
Fernando Alves Pereira

Resumo:
O ESTÍMULO DAS PRÁTICAS DESPORTIVAS SÃO, COMPROVADAMENTE, UM CAMINHO ALTERNATIVO SEGURO E POUCO DISPENDIOSO PARA O ESTADO NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS PELOS JOVENS.


Muitos são os caminhos que levam às drogas, porém poucos são os caminhos que conduzem de volta.   
Diversos motivos levam as pessoas a iniciarem-se nas drogas. Como por exemplo, as patologias, a falta de afirmação pessoal, a solidão, a auto estima baixa, a necessidade de superar obstáculos pessoais e profissionais, e a estimulação social.
Diversos também são os tipos de drogas e os efeitos que estas produzem no organismo humano. Alguns dos efeitos produzidos pelas drogas são desejáveis e salutares, como a cura das doenças por meio das drogas cientificamente elaboradas e de aplicação terapêutica regulamentada. Outros são abomináveis, pois causam drásticos prejuízos ao indivíduo, levando-o à total destruição. Efeitos estes nocivos também à sociedade como um todo, principalmente à família.
As drogas prejudiciais ao homem são as denominadas psicotrópicas, aquelas que atuam sobre o sistema nervoso central, modificando o seu funcionamento, podendo causar alteração no humor, na percepção, no comportamento e nos estados de consciência ou da mente. Dentre estas, as mais conhecidas são as bebidas alcoólicas, os tranqüilizantes ou benzodiazepínicos, os inalantes ou solventes, a maconha, a cocaína, o “crack”, os barbitúricos, a heroína, os moderadores de apetite ou anfetaminas, o tabaco, a cafeína, o LSD ou ácido lisérgico, e o “ecstasy”.
Podemos classificar os males causados pelas drogas sob os seguintes aspectos: físicos, mentais e sociais.
Quanto ao aspecto físico, a dependência química debilita o homem gradualmente, levando-o à morte, ou mata-o instantaneamente, no caso de ingestão de super doses.
Quanto ao aspecto mental, observa-se, além da psicopatia, a própria dependência psicológica dos efeitos produzidos pelas drogas, ou seja, a incapacidade, de viver na ausência desse efeitos.
     Já sob o ponto de vista social os efeitos das drogas refletem-se no trabalho, nas relações interpessoais, quer seja no seio da família, quer seja nas comunidades das quais participam. Os dependentes químicos, em geral, tornam-se, irresponsáveis, agressivos e até criminosos sob os efeitos dos entorpecentes.
     Em contrapartida, conforme dito anteriormente, são poucos os caminhos de saída das drogas, ou seja, aqueles que permitem o retorno a uma vida normal, após ter, o indivíduo, se tornado dependente de seu uso. São poucos e difíceis de serem trilhados. Em geral exige apoio psicoterápico, muita força de vontade, persistência e perseverança do dependente. Em face de tão grandes dificuldades, conclui-se que a melhor maneira para se viver uma vida saudável em seus aspectos bio-psico-social   é evitar o uso de tais substâncias, devendo-se para isto buscar atividades alternativas que, além de preencher o tempo, satisfaça as carências diversas, intrínsecas à própria natureza humana, tais como as relacionadas com a auto realização, com a auto afirmação e com a auto estima. Estas respostas muitas vezes são buscadas nos efeitos ilusórios, das drogas ou entorpecentes.
     Dentre as atividades praticadas pelo homem desde o alvorecer do conhecimento humano, destaca-se o labor como a mais nobre de todas e, certamente, aquela que é capaz de satisfazer plenamente as suas carências, quando praticada nas condições ideais, ou seja, adequadas às individualidades.
     O labor representa uma luta diária pela sobrevivência, e é nela que o homem se afirma em busca da existência eterna e da perpetuação de sua espécie. Neste sentido, é que, desde os primórdios, desenvolvem-se práticas que, quando não são trabalho ou luta, são simulações que respondem aos estímulos, por estas. Tais práticas consistem em imitações de trabalho e de luta. Correr, pular, nadar, trepar, rastejar, etc. Sozinho ou em grupos, com regras estabelecidas, estas atividades denominam-se esportes e envolvem esforço físico e mental, movimento, competitividade, combatividade e disciplina, submetendo o indivíduo a níveis de “stress” capazes de desencadear em seu próprio organismo as repostas aos seus anseios. A habitualidade destas práticas condicionam o indivíduo, física e psicologicamente, ao ponto de preencher verdadeiramente os vazios de seu tempo e de sua mente, transformando-o em indivíduo de corpo sadio e mente sã, sem que seja cogitada a necessidade de drogas para produzir tais respostas aos estímulos emanados desse corpo e dessa mente.
     Em que pese os registros históricos de uso de drogas nos esportes, muitas das vezes sob pretexto de o desportista melhorar o seu desempenho ou mesmo a estética corporal, como nos casos de uso de anfetaminas e esteróides, respectivamente, pode-se afirmar que o esporte, em suas diversas modalidades: lutas marciais, futebol, voleibol, basquetebol, handebol, natação, atletismo, maratona, ciclismo, dentre outras, constitui um instrumento eficaz no combate as drogas, pela interferência direta e positiva de seus agentes e reagentes nos mecanismos fisiológicos e psicológicos do indivíduo, proporcionando-lhe, via de regra, hábitos que tornam a sua vida equilibrada harmônica, mantendo-o sintonizado consigo mesmo, com a sociedade e com o universo enfim.
     Este precioso instrumento, o esporte, poderá ser aplicado nas escolas, nos presídios e nas comunidades em geral, através de políticas governamentais, em parcerias com entidades sociais e empresas públicas e privadas, visando proporcionar situações favoráveis ao crescimento pessoal e coletivo das as crianças, adolescente e jovens, através de patrocínio de eventos desportivos. Isto não depende de grandes investimentos financeiros, visto que os equipamento são de custos relativamente baixos, apenas seriam necessários incentivos e recursos humanos capacitados e estimulados para a orientação correta e coordenação das atividades, podendo inclusive serem oferecidas oportunidades de estágio para estudantes de Educação Física e de outras área afins.
Quem sabe esta não seria uma alternativa, dentre outras tantas, simples e eficaz de preservação da vida? Se for isenta, é claro, da corrupção e da demagogia que permeiam os organismos infectados do Estado brasileiro que me fazem lembrar Drummond, sempre vejo o IBAMA autuar um cidadão que mata um passarinho para matar a sua fome ou que colhe algumas folhas para curar a sua doença antes de morrer nas mãos dos cartéis multinacionais da farmacologia. “Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçavam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade.” (Anedota Búlgara - Carlos Drummond de Andrade).
     





Biografia:
Graduado em Educaçao Física, Letras e Direio/Especialista em Direito Processual Civil, Mestre e Doutor em Estudos da Linguagem (Literatura comparada)
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