Há anecúmeno em meu coração, ou será a razão?
Meus pensamentos permeiam minha alma
Transcendem a imaginação
E, desembocam nos olhos
Olhos estes que confundem a realidade com utopia
Podendo eu confiar neles? Tudo que vejo é Dantes?
Gostaria de respostas .
Mas, eu não sei qual é a pergunta.
E o tempo perdido em terra. Tempo este que não voltará mais
Um sentimento de algo a fazer, inacabado, incompleto....
Tenho medo do futuro e saudades do passado.
O presente? O presente nem o vejo.
Vivo em um mundo paralelo do “real”
Onde minha única companheira é a solidão
E o idioma que ali se fala é o silêncio.
Ressurgindo assim o Pórtico da fantasia e esperança
Talvez esta última já o tenha perdido
Em virtude do presente que vejo.
Fico bêbado com a poesia e o néctar que ela nos dá
Uso o pronome “nos” pois sei que não sou o único
A indignação já transpos o bom – senso
E a tristeza tornou-se parte do meu corpo
E como sempre digo:
Às vezes é melhor viver na fantasia do que na realidade.
E para encerrar essa pequena reflexão
Deixo uma pergunta a vocês:
Esse mundo em que vivemos é real?
Se a resposta for sim, então apresento-lhes o inferno.
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