A morte de Franz Beckenbauer enlutece novamente o futebol após a recente perda de Zagallo. Ele elevou o Bayern de Munique a clube gigante, ganhou duas Copas do Mundo (1974 e 1990), foi Presidente do Bayern e organizou a Copa de 2006 na Alemanha.
Jogou a maior parte da sua carreira como zagueiro e líbero. Seus lançamentos eram precisos e suas subidas ao ataque causavam pavor aos adversários. Ao lado de Gerd Müller foi um dos protagonistas na equipe bávara do Bayern na década de 70 do século XX.
Ganhou a alcunha de Kaiser ou Imperador junto ao povo alemão. Beckenbauer pode ser entendido como lenda na Alemanha sendo o maior jogador do país em seu tempo. Ele era um dos cérebros na condução da seleção e tinha muita personalidade.
A importância de Beckenbauer pode ser mostrada na história do Bayern de Munique. Antes de 1965, a equipe bávara era um clube comum e sua chegada deu novo patamar ao clube. Ele faturou 3 Liga dos Campeões e colocou o Bayern como gigante no cenário europeu.
Infelizmente, sua morte coloca fim a era do futebol clássico. Não há mais gigantes desta época. Nos deixaram Friedenreich, Puskás, Di Stéfano, Pelé, Cruijff, Beckenbauer e Bobby Charlton. Na parte de técnicos, Zagallo foi o último gigante da era clássica.
O mundo fica pobre dia após dia. Estamos perdendo referências. Beckenbauer construiu uma história e deixa um legado para análise posterior que será eternamente lembrada. Seus passes para gols precisam ser estudados para o bem do futebol.
Ele era meu craque no exterior e não consigo pensar uma seleção mundial sem Beckenbauer e Pelé. São incontestáveis e jogaram juntos no New York Cosmos praticamente introduzindo esta prática de forma profissional nos EUA.
Descanse em paz, Franz Beckenbauer! O mundo sentirá sua falta! Obrigado por tudo.
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