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Modelos coloniais no século XXI
Vander Roberto

A História do Brasil é marcada pela exploração humana. Africanos foram trazidos como cativos e indígenas tiveram seus espaços reduzidos e forçados ao trabalho. Bons livros sobre História do Brasil enriquecem o estudo desta tema bastando lê-los. Tudo indica que não largamos mão desta prática em solo brasileiro adotando uma forma mais refinada de escravizar pessoas. O conjunto legal e mais os órgãos responsáveis para coibir tal prática não são suficientes para acabar com esta mazela. O Estado tem que ampliar a fiscalização através dos seus órgãos e aumentar exemplarmente a pena daqueles(as) que não entendem o problema. O caso dos vinhos no Rio Grande do Sul é só uma gota neste oceano que desrespeita os direitos humanos e trabalhistas. Há muito para ser investigado em outros setores que a mídia tem exposto.

A legislação é fraca? Talvez não. O sonho em melhorar de vida, a necessidade imediata de dinheiro para sobrevivência e um bom discurso com promessas vãs acabam por facilitar este tipo de problema. O Estado brasileiro ainda tenta pelo assistencialismo evitar que pessoas caiam em armadilhas trabalhistas e possam ao menos ter um recurso em dinheiro para sobreviver. Fica claro que a ajuda é bem-vinda não resolvendo o problema de milhões de pessoas que precisam mais do que dinheiro para matar sua fome. É nesta hora que entram os chamados escravocratas do nosso século. Não basta ao Estado dar dinheiro para alimentar-se precisando uma estrutura toda pensada que retirem as pessoas da linha da pobreza. Neste sentido, o Estado brasileiro falha não só agora e sim há séculos. O cidadão ou cidadã acabam ficando reféns desta política que mantém a pessoa na pobreza. É urgente um conjunto de ações visando mudanças sociais claras para tais pessoas e o Estado brasileiro não pode furtar-se em soluções ou omitir-se.

Percebe-se um país mais pobre intelectualmente e financeiramente. Devemos perguntar onde erramos, anotar as lições aprendidas, procurar soluções e tão logo resolver as insistentes mazelas. Não podemos empobrecer intelectualmente deixando que tais comportamentos que não cabem mais em nosso século ainda persistam. Vejo uma crise moral e ética em nossa sociedade fruto do abandono dos estudos em Filosofia e História pela maior parte da população em diversas camadas sociais. Isto é o início sobre uma explicação à exploração humana ainda em nosso século. Não podemos fechar os olhos diante da exploração humana que também ocorrem nas empresas em grandes cidades que a mídia vez ou outra expõe. Infelizmente, a tendência é piorar caso o Estado brasileiro não tome medidas enérgicas. O combate passa pela Educação e conscientização dos malefícios da exploração humana.

O desenho colonialista está robusto e leis não bastam para coibir o problema. O tripé colonial baseado na pouca Educação, uso de armas e exploração humana parece ganhar nova roupagem sendo amparado pela tática omissiva. Estamos retrocedendo muitos séculos mesmo com smartphone em nossas mãos que serve-nos como fonte preciosa de informações instantâneas. Questiono se realmente a Lei Áurea sirva para alguma reflexão em nossos dias ou é mais uma lei que "não pegou". É sabido que a lei citada só libertou uma minoria de cativos pois grande parte já estavam libertos. É preciso lembrar que a Constituição de 1988 é válida em todo território nacional e não somente em capitais ou grandes cidades. O poder financeiro dita as regras e tudo indica que a nossa Carta Magna acaba esquecida precisando ser relembrada após processos e prisões aos escravocratas. A mídia divulgou que uma empresa do ramo açucareiro também será investigada pelos mesmos problemas ocorridos no Rio Grande do Sul aqui em São Paulo. Denunciem quando souber de fatos semelhantes. Não comprem produtos destas marcas. É o primeiro passo para tentarmos botar um ponto final nestas mazelas que são resistentes. Abraços.

Vander Roberto é Analista de Sistemas, Especialista em Engenharia de Software, faz Especializações em História Africana e Indígena e Segurança Cibernética. Procura emprego honestamente enquanto senadores (as) irão trabalhar somente 9 dias ao mês.


Biografia:
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