Coisas que eu nem sei contar...
Fim de tarde. Verão.
Uma forma de música invade-me o corpo. Tons e cores e sons de La Vie en Rose .
Sento-me num café em Paris, deixo-me ficar. É de lá que vem a música. Peço uma cerveja.
À busca de inspiração para o meu novo livro, aconchego-me na melodia. Sonho o sol.
Foi assim a primeira vez que meus olhos o viram no seu olhar.
De onde ele saiu, sei lá eu.
Nem tentei fugir. Quando eu mergulhei num verde profundo, sorria pra mim. Até parecia o universo sentado à minha frente.
Escrava, livre para amar, covinha nos dois lados da face, revirei os olhos. Coisas que eu nem sei contar, fez o corpo arrepiar. Quanta sedução!
Perdida na íris pontilhada de pontinhos dourados peguei carona no dorso da fantasia. Mergulhei.
Noite de verão...
À meia luz, cheios de sabor, decoramos nossa geografia.
Cheios de amor despreocupado, divertido, nós dois fomos um caso de amor... uma beleza infinita.
“Ilusões? Que venham muitas delas. Afastar tristezas. Fazer gentes felizes de viver”. “A beleza está onde poucos a encontram”. (Marisa Costa)
https://www.youtube.com/watch?v=zt32Bl_U_4Q
Marisa Costa
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