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Texto selecionado
RIO: AZULZINHO DA COR DO CÉU |
A ARCA DO TESOURO |
Tércio Sthal |
Era uma vez o Rio
Azulzinho da cor do Céu.
Todo mundo acreditava
Que era o mesmo azul
Da água da Pia Batismal.
Mas, no "front" o bem
estava flertando com o mal.
O Ocre e o Rosa
Ferviam o tempo todo
E a todo vapor.
Os Profetas e seus
Asseclas mais próximos
Cuidavam da Arca do Tesouro.
Só eles tinham as chaves
Das Portas do Céu,
Do Pote de Mel
E do Pote de Ouro.
Tudo azulzinho no Céu
E no Rio. Sorrisos de fé,
De esperança e de amor.
Sorrisos de fé.
Mas, um dia o Céu
De Brigadeiro veio ao Chão.
Ocre, Rosa e Azul
Lambuzaram-se de Marrom.
Todo mundo viu
Ou ficou sabendo
Que pintou sujeira
Nas águas do Rio.
Até a Pia Batismal
Corou de vergonha e dor.
Furados, os Potes
De Mel e de Ouro
Revelaram que as Portas
Do Céu de Brigadeiro
Já não eram as mesmas
Dos antigos sorrisos de fé,
De esperança e de amor.
Vivendo nas úmidas sombras,
Os Profetas e seus asseclas
Mais próximos se pareciam
Com Marias-Sem-Vergonha.
O Mel e o Ouro dos Potes
Quase ninguém viu,
Mas a lama que invadiu o Rio
Chegou até as Portas do Céu.
Fortes emoções!
Emoções mil!
Quem semeou Ventos
E Tempestades,
Agora precisa segurar
Muito bem o Chapéu.
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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