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05.05.20 - 01:01
Guilherme Borges

Resumo:
o que a mentira roubou de mim

01:01

se sentir querido pelas pessoas é bom. não é um sentimento que eu experimente muito fora do ambiente de trabalho, mas é reconfortante quando alguém te diz coisas boas. acho que amanhã um monte de gente vai fazer isso, mas é realmente irrelevante quando um monte de gente que não te conhece te parabeniza só por ter ficado vivo. Se bem que esse foi o ano dos 27, estamos no meio de uma pandemia mundial altamente mortal... então faz um pouco de sentido.
desde quando novo acho que nunca me encaixei muito bem nos lugares que me colocaram, então eu aceitava a segregação. caralho, que egoísmo da minha aprte falar algo assim, já que eu tive sim amigos na infância e adolescência. alguns deles se mantêm aí até hoje.
mas a real é que eu era ruim. talvez ainda tenha resquícios dessa maldade que criei pra me defender dentro de mim. é foda. o que mais me incomoda é estar sempre com raiva, sempre desconfiar de tudo, não conseguir acreditar nas pessoas. e mentir. caralho, eu menti muuuuuito na vida. não é mais um hábito que eu cultivo, mas por finalmente conseguir me colocar no lugar do outro.
o problema da mentira é que você tá tomando da outra pessoa o que é um direito dela. vc tá roubando o direito de ela saber a verdade. vc prejudica a pessoa, mas quem se fode mesmo é você. já perdi coisa demais por mentir. casa, mulher, cachorro, filha... oportunidades que não voltam. não devem voltar. a gente tem que saber a hora de parar e acho que eu infelizmente aprendi tarde. mas existe também um ditado que diz "nunca é tarde pra aprender", então se eu tô vivo, tem coisa demais pra aprender aí pra frente.
depois de escutar por 4m31s um áudio recebido por whatsapp, eu vi que tá tudo bem aprender tarde. o mal que a gente faz o mundo paga com o bem. tô ansioso pra chegar o meu dia de receber.
a única mentira que eu ainda conto é a de que tá tudo bem


Biografia:
escrevo porque odeio tudo o que vejo
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