O lobisomem
enroscou a barba
na cerca de arame
farpado...

A bruxa
perdeu a vassoura
por causa do vento
lateral...

O coroinha
espantava as moscas
que atrapalhavam
a concentração...

O cavalo-coxo
ganhou asas e voou
por entre as nuvens
carregadas...

A roda gigante
balançava as cadeiras
com gente ou sem gente
o tempo todo...

Nas casas
rezavam as benzedeiras
desvirando ventre e desfazendo
mau-olhado...

Ao largo
passava a procissão
Santo em seu andor e devotos
enfileirados...

O Saci-Pererê
pulando numa perna só
não esquecia
as suas travessuras...

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