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ATINGIDA POR SUAS ORIGENS
Flora Fernweh

A moça trabalhava como vice-presidente da FUNAI, instituição voltada à preservação das tribos indígenas ao norte do Brasil. A empresa sediava-se no centro de Belém. Os avós da moça pertenciam à tribo Tupinambá, e desde criança, a menina compreendia as condições degradantes e a luta diária que seus antecedentes passaram, o que fez decidir-se ainda jovem que deveria mudar essa situação, batalhou por muitos ideais, formulou teses e criou vínculos com outros indígenas.
     Certa tarde, voltando para sua casa em um ônibus abarrotado de passageiros exaustos, após um longo dia de expediente, refletindo uma aurora já crepuscular de um veículo sem ventilação, o que acentua a precariedade dos subúrbios urbanos paraenses, um grito feminino ecoa, seguido por poças de sangue no transporte. A moça fora atingida pela flecha de um jovem arqueiro, praticante de suas origens, o moço treinava no apartamento de seu colega, devido à falta de infraestrutura que os recintos indígenas proporcionavam. O ônibus inerte, os passageiros ficaram alarmados e levaram a moça diretamente para o hospital. O arqueiro, desesperado com a situação, prestou assistência, sendo o principal encarregado de levá-la e acompanhá-la durante sua recuperação.
     A moça chegou ao hospital metropolitano desmaiada, porém acordou poucos minutos depois e reconheceu o moço que a havia atingido: ele era o filho de uma indígena que a moça salvou da morte há alguns anos. O arqueiro, sabendo disso sentiu-se ainda pior, mas a moça fora muito compreensiva com ele, o que foi o início de uma grande amizade, que porventura começou com um desastre.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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