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TEMPO
Flora Fernweh

Quero ouvir teu badalar pesado em minhas vísceras
Em tua viagem de morte contínua que tudo engole, eu já estive.
Erro é escrever que estou, pois a palavra lida é o passado mais atual,
por não banhar sua passagem com a nostalgia de tudo que se esvai.
Tu, ó tempo que corre em mim, já carcomida pelo tarugo que me adormece,
levaste meus anos, meu brilho, meu suor, meu sangue fértil,
trouxeste, porém, o pó em minha face espelhada e a lembrança de que ainda vivo.
Sua passagem branda e certeira pouco me faz notar,
o que me atormenta é a consciência de que a ginástica circular
não corresponde à linearidade do viver plácido.
O que me nauseia é a certeza de tudo o que já me trouxeste
e a incerteza do tempo que falta para que tu me ganhes.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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