Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
BULLYING NÃO É BRINCADEIRA
Flora Fernweh

Conforme o filósofo iluminista Voltaire, o preconceito é uma opinião sem conhecimento. De modo análogo, prejulgamentos advindos de vertentes étnicas, regionais, sexuais e raciais persistem no meio social e configuram a linha tênue que distingue o bullying, caracterizado pela intimidação sistemática, do humor saudável, cujo limite consiste em uma premissa para atitudes controversas, contudo, é designado pela consciência em relação à forma como atinge o outro indivíduo.
     Segundo dados do UNICEF, o Brasil é o quarto país com o maior índice de práticas relacionadas ao bullying, o que ressalta o impacto das agressões de naturezas diversas, como perseguições, humilhação, comentários pejorativos, danos físicos, materiais e morais. Além disso, a popularização dos meios digitais e preponderantemente das redes sociais, viabilizou o sarcasmo negro, que inúmeras vezes é explorado como recurso verbal, suscitando o cyberbullying. No âmbito jurídico, a legislação atua de modo eficaz, entretanto, a maioria dos casos é silenciosa.
     Tanto a vítima quanto o perpetuador das agressões são diretamente afetados pelos malefícios das práticas. Estimativas apontam que cada criança atingida pelo bullying na infância, eleva em quatro vezes as chances de desenvolver distúrbios de ordem psíquica na adolescência, fato que engloba o bullying de modo não-hierarquizado e recorrente em todas as camadas sociais. Envolve inclusive as taxas de desenvolvimento humano de um país, pois o bullying gera desinteresse pelos estudos, influencia a construção de carreira, prejudica as decisões futuras e traumatiza vidas, criando sequelas irreparáveis.
     Diante da problemática que o constrangimento representa, dos obstáculos existentes e dos múltiplos setores ligados à complexidade do bullying, é primordial rever pontos da plataforma de apoio "Proteja Brasil" já em trâmite pelo Governo Federal, promover a conscientização dos jovens tendo em vista o papel das escolas, difundir projetos de reinserção daqueles que foram afetados pela exclusão e enfatizar a importância da estrutura familiar na construção coletiva de políticas mais adequadas. Desta forma, através da união e do envolvimento de diversas esferas, torna-se possível o surgimento de melhorias em prol de um meio mais acolhedor, transparente e humano.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
Número de vezes que este texto foi lido: 61655


Outros títulos do mesmo autor

Crônicas Ao calor do incenso Flora Fernweh
Crônicas O problema do professor institucionalizado Flora Fernweh
Crônicas Sobre ser mulher Flora Fernweh
Sonetos Soneto dos dois anos de amor Flora Fernweh
Haicais Ampunheta Flora Fernweh
Crônicas Agora o ano começou Flora Fernweh
Crônicas Considerações sobre o Oscar 2025 Flora Fernweh
Crônicas Meu bloco na rua Flora Fernweh
Haicais Sextante Flora Fernweh
Crônicas Barrada no sex shop Flora Fernweh

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 447.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 63433 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 63424 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 63233 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 63186 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 63182 Visitas
Viver! - Machado de Assis 63158 Visitas
A ELA - Machado de Assis 63055 Visitas
Negócio jurídico - Isadora Welzel 63029 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 62939 Visitas
PERIGOS DA NOITE 9 - paulo ricardo azmbuja fogaça 62895 Visitas

Páginas: Próxima Última