Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Alicelândia
Carolina Cortez

Parei no tempo ou o tempo,

com suas circunstâncias, me parou.

Tenho idéias maravilhosas que não são

além de sonhos que se evaporam com traumas do passado.

É como se fosse uma areia movediça, cujo resultado

já se sabe, ou seja, o fim.

...O fim de uma história que teve seu começo,

mas não seu meio.

Sou uma deficiente no quesito de enredo.

Meus anticorpos são falhos, não consigo me jogar, o medo me domina.

Quando se é jovem, tudo é Alicelândia.

Mas, com a Terra girando constantemente diante de seus olhos,

senti vontade de desacelerar e se eu não acreditava em Deus,

passei a implorar que Ele existisse e a torcer que o mesmo fosse do bem.

Meu coração avoado virou pedra, de pedra, ficou mole,

até que um dia, fatalmente, irá furar.

Minha sensibilidade já não quer mais discussões baratas,

pois sei que não se pode mudar as pessoas,

quanto mais o mundo, do qual,

eu, infimamente percebi que faço parte.

Portanto, limito me à apenas fazer a minha parte.

Passo a adotar a palavra resguardo de quase tudo que não me agrada.

Não sei até agora se isso é egoísmo

ou se é vontade de ter paz, mais do que razão.

Percebi que a vida é como uma relação sexual, não é à toa que

ela é gerada deste ato, ou seja, seu começo pouco se sente,

chegando no ápice da adrenalina e finalizando em sua exaustão.

Meu corpo, aos poucos, volta a ser frágil como a de uma criaturinha.

E a minha Alicelândia volta a me mostrar um outro mundo,

só que acompanhado de minha bagagem sabendo dos perigos e

de minhas limitações.

O que me resta?! Há! É caminhar, continuar caminhando cada vez mais devagar

e encarando o medo de um dia o fim chegar.


Biografia:
Sou Carolina e escrevo, pois isso faz bem para minha mente e alma. Tenho um blog , seu endereço é entendacomoquisercarolcortez.blogspot.com e mail:cmscortezmi@gmail.com abç
Número de vezes que este texto foi lido: 61777


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Mel Carolina Cortez
Jurídicos Jusnaturalismo Carolina Cortez
Poesias Juliana e Danilo Carolina Cortez
Crônicas Morte Carolina Cortez
Contos Pegasus Carolina Cortez
Crônicas O amor Carolina Cortez
Crônicas E assim falou... Carolina Cortez
Contos Carnaval Carolina Cortez
Poesias Voo... Carolina Cortez
Contos Isabela e seu ídolo Carolina Cortez

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 51 até 60 de um total de 62.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Arnaldo - J. Miguel 62948 Visitas
Desabafo - 62946 Visitas
A calça preta - Condorcet Aranha 62945 Visitas
Menino de rua - Condorcet Aranha 62943 Visitas
Coração - Marcos Loures 62940 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 62925 Visitas
Jogada de menino - Ana Maria de Souza Mello 62921 Visitas
MENINA - 62917 Visitas
Mulheres - Ana Maria de Souza Mello 62912 Visitas
O que e um poema Sinetrico? - 62904 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última