Dentre quatro paredes, tilinto...
O inverno se impõe, o frio é arrogante.
Minha alma está aflita, soluça diante
Dos espasmos do corpo ao sabor do vinho tinto.
Arrepios me congelam... Estou neve
Perante o espelho carrancudo que me assiste...
Tremo. Na voz embargada não há palpite,
Só a frigidez do tempo que não é leve.
Geada rabugenta arrebenta minha mente
E traz a aspereza que trota intermitente,
Deixando no olhar um codo de selvageria...
Granizos. Algidez me deixa a pele sem cor
E a alma, alucinante, é volúpia de cio e amor
Diante da nevasca que traça e desenha fantasia!
DE Ivan de Oliveira Melo
|
Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |