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O perfume da memória
Matilde Diesel Borille

Planta ela era, e cresceu,
entre treliças e trapeiras.
O que mais lhe apetecia
era ouvir o pipilar das noivinhas
junto à fonte do jardim.
Absurdamente à noitinha,
não via atrás dela os siriris
perderem as frágeis asas
nos balanços das lanternas,
nem aleluias ouvia ou via brotar,
ali, lá, e em qualquer lugar.
E, que mais fortes que ela
acabariam por devorar
da antiga casa o encanto.
E ela tinha tanto.
Eis o que são aleluias, siriris, sararás,
devoradores de tesouros.
Dá-me um aperto no peito,
lembrar do prazer que tirei
da claridade que havia ali.
E como não há como sair,
visto que o que era porta não é mais
e porque na essência sou a mesma
que fui nos tempos de meus pais,
eu permanecerei em meu lugar
com Deus e os meus
nos vastos campos da memória
salvando minhas perfumadas lembranças.



Biografia:

Este texto é administrado por: MATILDE DIESEL BORILLE
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