Quero oração, quero oração pelos miseráveis, pobres, aos quase mortos, quero para os que tem fé, quero alívio, quero orar pelos que tem dores. Não, não quero. Eu quero reza forte, vela preta, quero mesmo, água do mar e oferenda. Condenaram a suplica, criaram padrões para suas divindades, trajes, enfeites, não, não pedirei oração. Mas assim seja por ti, sem devoção, vai sentir o relento dos seus pedidos sozinhos, seus perdido em soberba. Confessa sua não sabedoria e deixem chamar de pecado, condena-se só. Chora sozinho no seu quartinho de janelas fechadas, cheiro de mofo. Faz dessa tarde a sua noite mais fria, vai mesmo. Vive assim e não desafia seus dias.
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