Noite passada, segunda-feira, Dom Quixote decidiu visitar a igreja matriz da cidade, aproveitando o dia santo onde todos os católicos estavam na missa. O benefício de sua visita consistiu unicamente no fato de que, graças a sua presença ali, as mulheres não maquiadas não precisariam aplicar o blush.
Por algum motivo, Quixote perdeu o horário, mas mesmo assim, sem nenhum acanhamento adentrou na igreja, onde o padre, de lá do altar conclamava os fiéis para a oração da coleta. O visitante, dirigindo-se ao altar, deu seus cumprimentos ao padre, o que fez igualmente, ainda que aos tropeços,ao padre concelebrante.
Naquela momento, o blush natural das faces se acentuaram, os rapazes menos dados ao riso tampavam o rosto com as mãos e aqueles que eram mais próximos se enteolhavam, busacando algum tipo de apoio ante a eminência de uma constrangedora crise se riso estampada em suas frontes.
Dom Quixote sem entender porque era tão observado, continuou desfilando desengonçado em meio aos acenos que distribuía, logo após ser confortado com a promessa de que o padre falaria com ele após a missa.
Visitas como essa,feita no natal, são frequentes em cada trimestre, e Quixote sempre retorna para casa sem a menor noção do que ocorrera, e nem de onde estiveram naquelas datas. O mesmo não se pode dizer dos fiéis ali presentes, os quais tiveram mais um pecado para se acusarem na próxima confissão, geralmente feita na época da Páscoa.
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