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Que opção tenho, senão amar?
O ódio já se espalhou,
o medo está a rir,
palavras afiadas cortam nossa alma,
mil barcos em guerra estão pelo mar,
que mais posso fazer nesta vida
senão morrer de amor, amar?
Que mais posso erguer diante do meu exército
senão graciosos poemas enfeitados com doces versos
que cantam meus soldados, meu mais nobre séquito,
em odes de venturas e desejos estão imersos...
Que mais posso ter em minhas mãos senão a espada
sem corte e que não causa nenhum ferimento,
que apenas sonham tocar o rosto de minha amada,
sentir o beijo de paz que me cura por dentro?
Que mais posso dar a este mundo ofendido,
que fere a si próprio como se fosse o alheio,
que mais senão meu coração vivo e ferido,
que busca o belo mesmo que à volta o feio?
Que seja assim,
amar o amor e ser amado,
que seja, até o fim,
o caminho sagrado...
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