Um só desígnio cheio da esperança
Macia.
Como objeto diferente
De mim,
Melhor que consiga conhecer
De perto:
Há territórios destruídos,
Depois de tudo.
Se tudo que define
A fosca vida — é festa
E eu não me importo,
Se vai embora,
Por lagos encantados,
Por certa dor antipática,
Ou, lutemos os dois,
Por três miseráveis,
Incapazes, palavras
Ditas no caos:
Esquivas, valem
Protestos vãos,
Reticências nas palavras
Que às horas voam,
Depois de derretidas,
Ao lado, como remédio conhecido,
Há muito mais pensamento que um corpo
Pedindo a cura (autêntica da vida),
Complica a vida e mais uma vez tem pressa.
Há mais tormentos em ser, que em esperar
Respostas,
Não mais que um estado impuro,
Ou, mais ou menos, vedado, simplesmente
Ir para casa,
Viver, de preferência,
Alguns instantes, ter ordem, estatura.
Que amigos deram início ao adornar-se
Com risos,
Textos canônicos e intrigas
Cruéis,
Ouvimos-lhes os passos,
Precisados,
Que vinham ser atendidos,
Já que é uma disputa, antes de tudo formidável.
Prefere o arrebol,
Prefere as coisas
Assim dispostas em fotos de revistas
Surradas.
Culpa a si próprio, todavia.
E, aqui, bom senso não há.
Continuamente
Escapa, antes que vivo, de perigos.
Por certo, é o que há de perigoso:
Talvez vá para os infernos caminhando,
Talvez vá sendo aplaudido — com bastante
Apreço, torto em seu dom mais natural,
Apaga a vida e seu ritmo hesitante,
Esquece a vida restante, e, melhor plano,
Há menos homens comuns na maioria
Dos casos, perto, uma vez, a definir-se
Com calma,
Nada define o consistente
Sabor, quem quase conhece desses tantos
Impasses,
Faz parecer indispensável
Querer a vida mais perto e da maneira
Bem clara,
A fosca brancura transparente
Cavalga,
A dura palavra proferida
Além do medo autêntico, o mundo:
Agora faz-se uma extrema despedida.
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