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ROBERTA NOVEL HOT 13
DE PAULO FOG
paulo azambuja

Resumo:
BOM

35








        Roberta retoca o batom olhando o espelho ali do banheiro Murilo.
    O homem termina de fechar o bermudão.
    - Como a gente esta agora?
    - O que você acha?
    - Namorados.
    - Tá, seremos namorados.
    - Certo?
    - Sim.
    Murilo agarra a moça e ali aos beijos ele vibra de alegria.
    Jonas bate á porta.
    - Oi irmão.
    - Pelo jeito, fizeram as pazes?
    - Sim mano. Murilo abraça Jonas lhe pedindo perdão pelo que fez.
    - Esquece, já nem me lembro.
    - Te amo mano.
    - Pare com isso ou vou começar a achar que esta cortando para o outro lado.
    - Opa ai não.
    Risos e Roberta se emociona ao ver os dois ali.
    - Agora eu vou ficar com minha namorada no comércio, você pode tirar o resto do dia de folga tá mano.
    - Posso?
    Roberta gesticula com a cabeça em afirmativo para Jonas.
    Ali na peixaria Roberta atende as ligações enquanto Murilo ainda um pouco sob efeito do porre pouco a pouco atende aos fregueses ali.
    - Te amo amor.
    - Eu também te amo meu gato.
    O rapaz se enche de orgulho ali que chega a inflar o peito, gerando risos em Roberta.
    Fim de tarde, Jonas chega no comércio junto de Jenifer.
    - Tudo bem aqui?
    - Irmão, você acredita, com Roberta no telefone fizemos mais entregas.
    - Pronto esta contratada, mais vai ter de alternar com a Jenifer. Risos.
    Eles ficam a papear, logo Jonas e Murilo fecham o salão, na área externa, varanda, eles bebem refri e comem pipocas.
    Roberta olha o horário no celular e pede para que Murilo a leve embora.
    - Claro meu amor.
    Após as despedidas ali, Roberta monta na rabeira da moto, Murilo a leva, deixando ali o casal a namorar.
    Na frente do portão da mansão, Roberta ali abraçada a Murilo, beijos e carinhos e não percebem a vinda do veiculo da família.
    - Vô.
    - O que aconteceu, não foi por que ao expediente na empresa?
    - Tive problemas.
    - Já resolveram pelo jeito?
    - Sim vô.
    Murilo a deixa ali perto da moto e vai até Roberto.
    - Dr, gostaria de lhe falar.
    - Vamos entrar.
    Roberta estranha aquilo mais segue com o rapaz para dentro, na sala Murilo aos nervos tem as mãos gélidas e as esfrega nos joelhos, Rebeca vem junto de uma empregada que serve sucos e alguns lanches.
    - E então rapaz o que quer falar?
    - Dr vou direto ao assunto, quero sua autorização.
    - Para quê?
    - Para namorar sua neta.
    - Achei que ja estavam namorando?
    Roberta entra no assunto.
    - Vô, esta deixando Murilo quase á beira de um infarto aqui.
    Roberto ri e olha para eles.
    - Claro que sim, se faz a felicidade de minha neta, por mim tudo bem.
    O casal ali é só alegria, Roberto aproveita e pede para que ela vá até a garagem buscar alguns documentos que ele esquecera no auto.
    - Mais vô.
    - Não gostei nada de você ter faltado na empresa, esta ouvindo bem?
    Ela vai junto de Murilo que faz questão de acompanha-la e ao chegar na garagem ela se depara com um carro novo, um enfeite no vidro lado motorista.
    - E este carro?
    - É seu querida.
    Ela desaba em choro, de joelhos suas lágrimas rolam de seus olhos.
    - Bem acho que não gostou da surpresa, então falarei ao Hermes que devolva amanhã logo cedo.
    - Vô, seu bobo eu adorei.
    Ela corre até ele o abraçando e lhe dando muitos beijos no rosto fazendo o homem ir se emocionando ali.
    - Obrigado vô, não sei o que faço com este meu querido vôzinho.
    - Continue sendo assim, juizada, responsável e respeitável sempre, alegre.
    - Vô te amo.
    - Eu sei querida eu sei, tá ouvindo rapaz, ela me ama primeiro ouviu.
    Murilo acente com a cabeça e todos riem.
    Ela recebe as chaves dele e o abre, convida o namorado para um passeio.
    - Nossa Roberta, o carro é bem moderno.
    - Sim, você acredita eu nunca lhe pedi um.
    - Ro, você merce isso e muito mais, você é a garota mais formidável que eu conheço.
    - Só que eu te fiz chorar.
    - Ro, eu te amo, ja te disse isso.
    - Então vamos curtir?
    - Sim.
    Ela sai pelas ruas e avenidas e param em uma lanchonete e ali bebem refri, Murilo a cobre de beijos e agrados a noite termina em um motel.
    Ali em lingerie branca e ele em box cinza, mais beijos, línguas, corpos, Murilo coloca o preservativo com a ajuda dela que usa seus lábios para isso.
    - Já te disse o quanto você é gostosa.
    - Acho que sim. Risos e beijos.
    Mordidas, beijos, linguadas, ele segura os seios dela mexendo com as pontas dos dedos nos bicos destes.
    - Te amo.
    - Eu mais ainda.
    Deitada ele a possui com estocadas suaves, leves e cheia de carinho fazendo-a delirar.
    Camisinha jogada, surge um oral bem gostoso seguido de um 69 que a gata grita, logo outro preservativo ela segura a cabeçeira da cama e ele a detém por trás, alguns segundos e ela perde parte de seus sentidos, afinal é sua primeira vez, sente uma forte dor que logo vai se tornando em um novo formato de extrair prazer.
    Gritos e gemidos altos, as metidas são um pouco mais fortes e o cara derrama suor pelo seu corpo.
    - Minha gostosa.
    - Cachorro.
    - Cadela.
    - Seu puto.
    - Te quero sempre.
    - Vai ter meu amor.
    Minutos depois ali nús na cama eles curtem uma música romântica, ele checa a hora.
    - Vamos?
    - sim, não quero ter problemas com meu vô.
    - Nem eu com meu sogrão.
    - Bobo.
    - Te amo.
    - Lindo.
    Mais beijos e eles seguem para uma ducha e logo vestidos saem dali.
    Roberta segue o ritmo da escola, empresa, vai ficando cada vez mais próxima de Helana, agora com carro próprio ela vai para os lugares neste, Hermes fica á serviço de Roberto e Helana, algumas vezes também serve para Mercedes que continua a trabalhar no salão.
    Murilo cada vez mais junto de sua namorada, acaba por ficar mais apaixonado ainda.
    - Quer casar comigo?
    - O que foi isso Murilo, esta bem rápido hein.
    - De novo não, Roberta.
    - Tá bom, sabe eu gosto de você mais é melhor a gente ir no nosso ritmo.
    - Tudo bem amor.
    Beijos e abraços.
    Helana passa por eles, Roberta mexe com a moça que não escuta seguindo para a frente do colégio.
    - O que houve?
    - Que horas são Murilo?
    - São 13:05.
    - Meu Deus, ela já esta atrasada.
    - Para quê?
    - Tem que estar ás 13 horas no atacado perto de onde ela mora, ela trabalha lá.
    - Então ela esta trabalhando?
    - Sim.
    O casal segue para um refri na lanchonete perto do colégio.
    Roberto termina de assinar mais alguns documentos, a secretária sai dali, logo Roberto entra.
    - Nossa, minha neta chegou no horário.
    - Ai vô, preciso lhe falar.
    - O que houve?
    - Vô a Helana foi embora da escola já depois das 13, ela vai perder o emprego.
    - Qual emprego?
    Roberta coloca o vô á par da situação da sua nova filha.
    - Vamos resolver isso agora mesmo.
    - Como vô?
    - Fique tranquila.
    Roberto faz 2 ligações sendo a segunda um pouco demorada.
    - Obrigado e sim, mande um representante e fecharemos um negócio se concordarmos nos detalhes.
    Ele desliga e olha ali a sua frente a neta impaciente.
    - E então vô?
    - Já esta tudo certo, á partir de amanhã ela começará as 13 e 30.
    - Ai vô, meu herói mais lindo.
    - Obrigado Roberta.
    - Pelo quê vô?
    - Por ser assim, livre de orgulho, inveja e sempre vendo o lado bom das coisas.
    - Não vô, nem sempre eu sou assim.
    - Vem aqui. O homem se afasta da mesa dando espaço a moça que senta no colo dele.
    - Vai, agora me diz o que aflige esse coração.
    - Não vô, sabe eu ainda tenho pensado muito em Ti.
    - Aquele rapaz, não vale seus pensamentos.
    - Vô, ele fez errado mais olha o que aconteceu a ele.
    - O que quer fazer sobre isso?
    - Meu vô, você não existe. Ela beija ele no rosto e ficam abraçados.
    Amélia termina de lavar e estender as roupas no varal, Nestor fora fazer caminhada á pedido da médica do postinho de saúde do bairro.
    Mercedes entra no salão, coloca as sacolas de compras ali no balcão, abre o refrigerador e abastece este com legumes e produtos alimentícios.
    - Mercedes.
    - Oi Amélia.
    - Você tem um momento?
    - Sim.
    Sentadas no salão frente a frente, Amélia inicia a conversa.
    - Sei que não gosta de mim, por tudo que fiz no passado, mais acredite eu me arrependo todos os dias que saio da cama.
    - Olhe quem sou eu para ser o juiz, Amélia você teve tudo para ser feliz ao lado de Nestor, ainda não consegui descobrir o por que, mais você o fez.
    - Eu era uma tola, estava impressionada por outro homem.
    - Sim, eu ouvi dizer que fora para fora do país, até que havia melhorado, por que retornou?
    - Você não entenderia, passei pelo diabo e fui obrigada a fazer coisas que envergonham qualquer mulher.
    - Sobre isso o que sei é que minha vida também não foi das melhores e nem por isso...
    - Você teve e tem o Nestor contigo.
    - Eu trabalhava e trabalho aqui.
    - Eu sei, me desculpe se passei uma outra visão.
    - Você pode dizer o que quiser, mais saiba, vou ficar sempre atenta, por perto, não quero que faça a este homem que tanto lhe fez bem, de tolo e o deixe sem rumo como o deixou no passado.
    - Fique tranquila eu não o farei.
    Amélia estende a mão para a mulher porém Mercedes ao invés de corresponder ao gesto, sai dali e volta a cozinha para ajeitar as coisas.
    Nestor parado ali na porta sem ser visto por elas, vê Amélia esfregar suas mãos, cabisbaixa retorna para a área de serviço.
    - Bom dia.
    - Bom dia Nestor.
    - E as compras?
    - Estou terminando de guarda-las.
    - Mercedes.
    - Sim.
    - Não acha que Amélia já sofreu bastante por onde esteve por este tempo?
    - Você acredita nisso?
    - Sim.
    - Então tá Nestor, vou dizer pela ultima vez, ela não voltou para nada, não confio nela.
    - Vamos dar um voto para ela.
    - Dê o seu, eu fico sempre a vigia-la.
    - Tá. Nestor a deixa, sai dali desconcertado com a reação da mulher.
    Na frente do salão ele olha para trás, para os lados e tira do bolso da camisa um cigarro, procura pelo isqueiro mas não o encontra, algém lhe estende um e acende para ele.
    - Roberto, o que faz aqui?


    










                          36




       - Tem um tempo?
     - Vamos ali no bar.
     Em um bar de esquina, Nestor pede um pingado, pão na chapa, Roberto somente um café preto.
     - O que foi Roberto?
     - Sabe. a gente se conhece há anos, portanto ao mesmo, quase nunca nos falamos.
     - São as obras da vida.
     - Pode ser, mais de certa forma eu sempre tentei manter, afastar para longe qualquer lembrança desse passado.
     - E no rumo davida, aqui estamos.
     - Ela ainda gosta dele.
     - Quem?
     - Minha neta.
     - Vai me dizer que não sabia, não se apaga um sentimento com outro, a não ser que venha...
     - O ódio.
     - Era o que você queria?
     - Talvez.
     - Talvez não cabe nesse momento.
     - Sim, eu queria e ainda quero.
     - Ele é meu sobrinho.
     - Me desculpe, eu estava inchando por dentro.
     - Mágoas.
     - Não sei Nestor, se ponha no meu lugar, o que gostaria....
     - Mata-lo. Os dois se olham.
     - Porém ele é meu sangue, sobrinho, eu o amo e jamais deixarei que isso lhe ocorra.
     - Nem eu seria capaz.
     - Eu sei Roberto.
     - Por que Nestor?
     - Foi enfrentando, criando, derrubando e reinventando os porques que chegamos aqui.
     - Você fica á vontade?
     - Nunca Roberto, ja me rui tanto que não há mais sobras para ferir.
     - Me diz, o que faço.
     Nestor leva á mão ao ombro do homem.
     - Tem horas que temos de deixar o barco seguir, não significa descuidar, mais sim segui-lo ao longe.
     - E ele?
     - Roberto, meu sobrinho teve traumas, ele esta sob medicamentos, tratamento, para você vou me abrir, não acredito que o garoto retorne aos melhores dias.
     - Como assim?
     Nestor leva os dedos as laterais da cabeça.
     - Foi tão grave assim?
     - Sim, foi.
     - Você quer algum tipo de ....
     - Não precisa Roberto, sabe eu tenho meus segredos, Tiago de certa faz parte de um deles.
     - Não entendi.
     - É para isso que servem os segredos.
     Eles ficam ali a beber seus pedidos e depois se despedem.
     - Vai ver Mercedes?
     - Sim, se for possível.
     - Vá ve-la ela ficará muito feliz.
     Mercedes termina a limpeza das carnes e as tempera para as frituras mais tarde, Amélia passa pelo salão com um balde, produtos e segue para a casa.
     - Olá.
     - Roberto, aconteceu algo?
     - Bom dia.
     - Bom dia.
     - Queria te ver.
     - Oras, nos vimos há pouco.
     - Acho que já não consigo mais ficar sem você.
     - Pare com isso.
     - Vamos nos casar?
     - Oxi, de onde tirou esta loucura?
     - Te amo Mercedes.
     - Pois fique sabendo, amor demais não é nada recomendável para as nossas idades.
     - Um jantar.
     - Esqueceu de meu trabalho?
     - Venho te buscar no final do expediente.
     - E Helana e o Ti?
     - Eles são grandes, um cuida do outro.
     - Tudo bem.
     - Gata.
     Mercedes sorri ao receber o gracejo de Roberto que se aproxima dela e a beija na testa.
     - Até.
     - Até.
     Roberto sai dali, Nestor entra com uma sacola.
     - O que é isso Nestor?
     - Maçãs.
     - Deixe aqui e coma 1 só.
     - Por que disso, vai me dizer que se tornou minha mãe?
     - Sim, esqueceu seu diabetes?
     - Eu não tenho.
     - Mais vai ter se comer tanto doce.
     - É fruta, não percebeu.
     - Leve uma.
     - E Amélia?
     - Leve duas então.
     - Tudo bem. Ele retira 2 e entrega a sacola para Mercedes que guarda o restante no refrigerador.
     Roberto segue para a empresa no carro, Hermes ali no volante, toca o celular de Roberto.
     - Oi.
     - Olá Roberto quanto tempo.
     - O que quer Ivan?
     - Fazer negócios.
     - Não tenho nada para você.
     - Mais eu tenho uma informação que vai deixa-lo com a pulga atrás da orelha.
     - Não quero saber.
     - Tudo bem, a propósito já estou aqui.
     - Onde?
     - Na sua empresa, cresceu muito Roberto, parabéns.
     Roberto desliga, xinga, Hermes olha pelo espelho.
     - Problemas dr?
     - Os de sempre.
     Roberto entra na empresa, ali na sala de espera de Ivan, ao lado da secretária Kalinka ao lado da mulher.
     - Bom dia Roberto.
     - Vamos, por favor não deixe ninguém nos atrapalhar.
     - Sim dr. Diz a secretária, Kalinka joga beijos para esta e entra junto com eles.
     - O que quer, seja breve.
     - Serei dr Roberto. Ivan coloca um envelope na mesa dele, Roberto pega este e abre, fotos ali mostram o encontro de Mercedes com Mônica, em algumas há sinal de alegria entre elas.
     - O que significa isso?
     - Você entende, sabe muito bem, alguém esta lhe enganando.
     - Como assim, Mercedes não pode estar confabulando com esta cretina.
     - Bem tire você mesmo suas conclusões.
     - É o que vou fazer. Ivan faz sinal para Kalinka que o acompanha abrindo a porta.
     - Excelente dia dr.
     Assim que eles saem, Roberto faz algumas ligações e logo Hermes esta ali.
     - Vamos resolver algo.
     - Sim dr.
     Mônica termina de aprovar alguns desenhos para a próxima temporada, em sua sala 2 estilistas e 8 costureiras ouvem atentamente as ordens da chefe, Roberto entra ali esbaforando raiva, ela com um simples gesto dispensa os demais de sua sala, a secretária pede desculpas.
     - Pode ir, com certeza este cavalheiro tem algo importante...
     - Vá para o inferno.
     - Oras Roberto, sei que tem berço, educação.
     - Para que vala, não para pessoas de sua espécie.
     - Esta me desaforando.
     - O que significa isso?
     Ele joga as fotos na mesa, ela as olha e faz uma ligação.
     - Não vai me dizer o que significa isso tudo?
     - O que você está vendo.
     - Fale logo o que planeja?
     - Bem poderia ser vingança, mais não, eu tenho amizade com sua futura esposa.
     - O que diz?
     - Se pergunte Roberto, como acha que ela parou sob os cuidados de Nestor.
     - Esta me dizendo que tivera participação?
     - Sou mulher e sei o que a vida é capaz.
     - O que quer Mônica?
     - Ver o que eu estou vendo agora, sua reação.
     - E....
     - Que cancele os embargos que pôs em minhas mercadorias junto a seus aliados.
     - Por que eu faria isso?
     - Simples, não quer magoa-la, não quer que ela veja quem você é, realmente, ah, outra coisa tenho os originais dessas e de outras.
     - Você é uma víbora.
     - Acho que sou, afinal fui abandonada, jogada ao canto de sua sala.
     - Me pergunto hoje, onde eu estava com cabeça quando lhe deixei que entrasse em ....
     - Na sua vida, fácil, mocidade, feliz, ingênua, você sempre querendo satisfazer seu ego medíocre.
     - O que te fiz de tão mau?
     - Não me amou, te basta, pois tenho muito mais motivos.
     - Você é tão rancoroza assim?
     - Acredite Roberto, guardo mágoas profundas em mim.
     - Você sabia que eu não te amava.
     - Sim, mais também pensava que poderia muda-lo.
     - Não, você queria mais, muito mais.
     - Imbecil, a questão nunca fora o amor, amar é para fracos, eu só queria, ficar do seu lado, sentir o teu ar, presença...
     - Um nome forte nos negócios?
     - Esta vendo, o velho lobo esta acordando.
     - Você sempre disposta a tudo por bons negócios.
     - Sempre.
     - Tudo bem, considere o embargo cancelado.
     - Não é só isso.
     - O que quer mais?
     - Que fale a verdade para a garota.
     - Deixe Roberta longe disso.
     - Sabe que não vou faze-lo.
     - Ja lhe disse, tente como quiser.
     - Qualquer dias desses terei com ela.
     - Não se aproxime sua cobra. Roberto segue com força nos braços de Mônica.
     - Esta ficando velho Roberto, deixando provas.
     - Sua louca.
     - Por você e seu dinheiro.
     










                            37





      Rebeca desce do carro, paga o motorista e o aguarda em frente a porta de um galpão, logo esta é aberta e ela entra ali, várias mercadorias e algumas caixas prontas para seguir seu destino.
    - O que quer?
    - Ele veio me procurar.
    - Sabia Mônica e agora?
    - Fique tranquila não falei de você.
    - O que acha que vai acontecer?
    - Ainda não sei, espero que tudo dê certo.
    - Conseguiu algo?
    - Sim, ele cancelou o embargo.
    - Então pronto, era o que você mais queria, agora deixe tudo como está.
    - Jamais, também quero que ele diga a ela.
    - A ela quem, Mônica?
    - Para sua princesa.
    - Deixe a garota em paz ela já tem passado por tantas.
    - Ele sabe de minha amizade com Mercedes.
    - Ficou louca Mônica, é algo fácil de se desmentir.
    - Eu sei.
    - Por que então o fez?
    - Acha que ele vai procura-la.
    - Você esta jogando com cartas sugissimas.
    - Obrigada, colega de jogo.
    - Bem, eu já vou.
    - Fique de olho e ouvidos.
    - Sei de minha parte.
    - Bom mesmo, afinal você tem parcela nisso tudo.
    - Tchau.
    - Até mais.
    Rebeca sai por outra porta e logo para um carro de aplicativo porém ela é fotografada várias vezes ao longe.
    O profissional que a fotografa faz uma ligação e logo um sorriso surge nos lábios.
    Roberta termina o lanche ali com Murilo, o rapaz sobe na moto e ela entra em seu carro, Helana vai de carona com ela, a moça fica no atacado e Roberta segue para a mansão.
    Em um restaurante de 4 estrelas, Mercedes entra em trajes simples se identifica e o maitre a indica á mesa onde Roberto esta.
    - Oi amor, o que aconteceu, vim assim que pude e....
    Ele põe ali na mesa as fotos dela com Mônica.
    - Nossa Emília ou Mônica, quanto tempo.
    - O que significa isso Mercedes?
    - Oras, quando eu tive Helana, nos conhecemos no hospital.
    - Como?
    - Por que está tão agitado Roberto?
    - Você conhece a Mônica, responda de uma vez.
    Ele faz a pergunta em tom sério, ela fica ali constrangida pois nota que algumas pessoas prestam atenção neles.
    - Por favor Roberto vamos falar em outro lugar.
    - Por que, você deve para alguém?
    - Já chega Roberto.
    - Vai logo, responda.
    Mercedes pega sua bolsa e sai dali.
    - Volte aqui.
    Ela não olha para trás ascente para o recepcionista e sai.
    Roberto deixa um certo valor na mesa e sai passa pela porta bufando e encontra ela ali num banco de concreto cabisbaixa chorando.
    - Queria fugir?
    - Quando fui expulsa de sua casa, fiquei a vagar, você já sabe disso, pois então, Nestor me ajudou muito, mais tive problemas durante a gestação de Helana.
    - Por que não falou disso?
    Soluçando, lágrimas descem e ela continua.
    - Fiquei internada alguns dias e no hospital em um dos exames encontrei Emília que depois disse seu nome certo, Mônica, começamos a conversar e ela também estava esperando um filho de um grande empresário, só que ele tinha mulher.
    Roberto ouve aquilo e fica sem graça em certo instante.
    - Você vê como são as coisas, nossas estórias batiam até nisso, depois que recebi alta não a vi mais até o dia que fui ganhar minha filha.
    Roberto tosse.
    - Fiquei em um quarto comum, mais houve um acidente num prédio, tiveram vários feridos e alguns graves, nisso encheram demais as camas o quarto em que eu estava e colocaram homens ali, ela ficou sabendo de algum modo e sugeriu que eu dividisse com ela o apartamento em que estava.
    - Você foi?
    - Sim, não poderia e nem queria ficar ali naquele quarto, era impossível.
    - Te entendo.
    - Lá ficamos mais próximas e confidenciamos algumas coisas.
    - E as fotos?
    - Eu a convidei a ir ao salão durante o dia, faria um almoço para compensar o que ela fez por mim.
    - Generosidade.
    - Foi então que ela me contou conhecer sua família, você.
    - E você disse a ela?
    - Sim que havia trabalhado em sua casa e sai de lá.
    - E ela?
    - Me perguntou se sai grávida.
    - E você?
    - Neguei, disse que tinha arrumado fora.
    - Mercedes, me perdoe.
    - Então é isso, você era o pai do filho que ela esperava.
    - Como assim era?
    - Você não soube, nasceu morto.
    - Morto?
    - Sim, na realidade nasceu com vida e morreu minutos depois.
    - Verdade?
    - Sim.
    Mercedes sai do banco, Roberto a segura pela mão.
    - Me perdoe.
    - Por favor Roberto, me deixe voltar para o salão, tenho muitas coisas para cuidar lá.
    - Eu te levo.
    - Não precisa, eu prefiro andar um pouco.
    - Mercedes.
    - Por favor. Ela sai dali, Roberto baixa a cabeça e chora, Hermes vem a ele.
    - Dr.
    - Sou um canalha Hermes, um covarde canalha.
    - Não diga isso dr.
    O homem fica ali chorando e Hermes em pé olhando ao redor com que guardo seu chefe do mundo exterior.
    Mercedes entra no salão e segue para o banheiro se tranca em um dos compartimentos e ali senta chorando profundamente.
    - Mercedes.
    - O que foi?
    - Sou eu Nestor, o que houve?
    Ela abre a porta, ele a vê ali desmanchando em lágrimas.
    - Me diz o que houve?
    - Roberto, Nestor, aquele homem mexe comigo, mais é um inferno.
    - O que ele fez?
    - O de sempre, me magoar, mais esquece eu soou a culpada.
    Amélia chega ali.
    - Nestor.
    - Por favor Amélia, cuide de Mercedes, tenho algo para fazer.
    - Onde você vai?
    - Fique ai, não a deixe sozinha.
    Amélia olha para aquela mulher ali a sua frente em prantos.
    - Seja o que for, vai passar, acredite.
    Mercedes sai do assento e abraça Amélia que corresponde.
    Roberto termina seu expediente, sai da sala sendo acompanhado por sua secretária,logo em frente ao estacionamento ela se despede do chefe e entra no carro do noive que a aguardava.
    Roberto segue para seu veiculo, Hermes ali no volante, para um táxi, Nestor desce e vem a Roberto.
    - Roberto.
    - Nestor o que faz....   Nestor lhe dá um soco no rosto que Roberto cambaleia mais não cai, logo Nestor o agarra e o derruba, Hermes e o taxista vem para separa-los.
    Roberto não revida e deixa ser agredido pelo homem ali.
    - Canalha, patife, maldito, você me disse, prometeu que não a faria sofrer.
    - Eu errei.
    - Reage canalha. Outro soco e Hermes consegue retirar de cima do seu chefe.
    - Não te quero mais perto dela, nunca mais. Roberto é só lágrimas, o taxista fica frente a Nestor que entrega a grana da corrida, desculpas são feitas.
    - Por que Roberto, por que você fez isto.
    - Quer saber, você tem toda razão eu sou um canalha, cretino eu não mereço ela.
    - Não merece mais ela te ama.
    - O quÊ?
    - eU A DEIXEI no salão, em mar de lágrimas.
    - Por que Nestor?
    - Pare de ser covarde e assuma seus sentimentos.
    - Eu a amo.
    Roberto grita ali desesperado, Nestor o deixa, Hermes o solta e ele segue para o táxi.


Biografia:
gosto de escrever
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Romance caso a caso paulo azambuja
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